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    Um mês após atos criminosos em Brasília, menções ao acontecimento ultrapassam 10,3 milhões nas redes

    Levantamento realizado pela Quaest mostra que foi feita uma média de 13 postagens por autor único durante o mês sobre o assunto

    Manoela Carluccida CNN , em São Paulo

    Um levantamento realizado pela Quaest monitorou as menções aos atos criminosos do dia 8 de janeiro às sedes dos Três Poderes em Brasília. Foram coletados cerca de 10,34 milhões de menções que vieram de 794,52 mil autores únicos.

    No dia da invasão, as menções apresentaram maior número, chegando a 2 milhões de publicações. A média diária é a de 130 mil publicações comentando sobre o assunto desde o dia 8 de janeiro até o dia 8 de fevereiro.

    Entre os tredings topics, o nome do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) “Alexandre de Moraes” é o mais comentado nas redes em decorrência das falas sobre as invasões e também por conta da instauração de inquéritos.

    Durante todo o período de coleta de informações para o levantamento, a narrativa que predominou nas redes é a que caracteriza o evento como “ato terrorista”, “vandalismo” e “crime”.

    Os citados como principais responsáveis são o ex-presidente da República Jair Bolsonaro, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e o governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha. Sendo que no dia da invasão, o governador foi o mais criticado nas redes.

    A hashtag que pede a punição dos organizadores, financiadores e participantes das invasões mais utilizada nas redes foi a #semanistia, que chegou a 63 mil menções.

    As narrativas de apoiadores do ex-presidente focaram em responsabilizar “petistas infiltrados” e “esquerdistas infiltrados” pelo vandalismo dos prédios públicos, o principal argumento é o de que não compactuam com a violência, que não representa “manifestações pacíficas e democráticas” como as organizadas pelo grupo. Entre as tags mais utilizadas pelos bolsonaristas estão: #brasilwasstolen e #braziliansprins.

    Falando sobre os custos e danos causados pelas invasões, o assunto mais mencionado foi a destruição do relógio de Dom João VI. Sobre isso, o trending foi “preso em Uberlândia”, que se refere à detenção do homem identificado em vídeo quebrando a antiguidade.

    A narrativa que se manteve predominante durante todo esse período foi a de condenação aos atos, correspondendo a 44% do total de menções. A narrativa neutra, com teor mais informativo, corresponde a 42% das menções e a narrativa que apoia a invasão representa 14% das menções em redes sociais.

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