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    Terremotos vão afetar crescimento da Turquia e aumentar orçamento antes das eleições

    Por conta dos desastres, será necessária rápida reconstrução da infraestrutura, moradias e fábricas

    Por Orhan Coskun e Nevzat Devranoglu, da Reuters

    Grandes terremotos na Turquia acrescentarão bilhões de dólares em gastos no orçamento do país e reduzirão o crescimento econômico em até dois pontos percentuais este ano, disseram autoridades e economistas, no momento em que o governo enfrenta uma enorme reconstrução antes das eleições acirradas deste ano.

    Quase 10 mil pessoas foram mortas no norte da Síria e no sul da Turquia por terremotos que ocorreram na segunda-feira, deixando um rastro de destruição em toda a região.

    Milhares de edifícios, incluindo casas e hospitais, estradas, oleodutos e outras infraestruturas sofreram graves danos na região, onde vivem cerca de 13,4 milhões de pessoas.

    Embora as autoridades digam que a extensão da destruição ainda não está clara, elas acreditam que a reconstrução vai esticar o Orçamento da Turquia.

    “Haverá bilhões de dólares em danos”, disse uma autoridade à Reuters, acrescentando que será necessária uma rápida reconstrução da infraestrutura, moradias e fábricas.

    As semanas de recuperação dos corpos e remoção dos escombros devem dominar as eleições presidenciais e parlamentares marcadas para 14 de maio, que já representam o maior desafio para as duas décadas do presidente Tayyip Erdogan no poder.

    A Turquia tem sido assolada há anos pela inflação elevada e pela queda da moeda, enquanto Erdogan pressionou por políticas econômicas pouco ortodoxas.

    Seus apelos por juros baixos fizeram a inflação disparar para 85% no ano passado, uma máxima de 24 anos, e a lira caiu para um décimo de seu valor em relação ao dólar na última década.

    Os danos do terremoto também devem prejudicar a produção na região afetada, que representa 9,3% do Produto Interno Bruto (PIB) da Turquia.

    Três economistas calcularam que o crescimento do PIB pode cair de 0,6 a 2 pontos percentuais em um cenário em que a produção na região caia 50%, o que, segundo eles, levaria de seis a 12 meses para se recuperar.

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