Senador dos EUA pede que Apple e Google tirem TikTok de lojas de aplicativos
Michael Bennet diz que aplicativo de vídeos curtos representa risco à segurança nacional
O TikTok, da chinesa ByteDance, deve ser removido das lojas de aplicativos administradas por Apple e Google, porque o aplicativo de vídeos curtos representa um risco à segurança nacional, disse o senador democrata Michael Bennet, em uma carta.
O aplicativo, que o Congresso dos Estados Unidos já baniu dos dispositivos do governo federal, tem sido alvo de críticas crescentes por causa de preocupações de que o governo da China possa usá-lo para colher dados sobre norte-americanos ou promover interesses chineses.
“Nenhuma empresa sujeita aos ditames do Partido Comunista Chinês deve ter o poder de acumular dados tão extensos sobre o povo norte-americano ou selecionar conteúdo para quase um terço de nossa população”, escreveu Bennet na carta ao presidente-executivo da Alphabet, Sundar Pichai, e ao presidente-executivo da Apple, Tim Cook.
“Dados esses riscos, peço que removam o TikTok de suas respectivas lojas de aplicativos imediatamente”, escreveu ele.
Antes da carta de Bennet, os republicanos lideravam em grande parte ataques ao TikTok e às preocupações de segurança nacional, embora o senador democrata Dick Durbin já exortasse os americanos a pararem de usar o aplicativo.
Na Câmara, que agora está nas mãos dos republicanos, o Comitê de Relações Exteriores planeja votar este mês um projeto de lei que visa bloquear o uso do TikTok nos Estados Unidos.
Em 2020, o então presidente norte-americano Donald Trump tentou impedir que novos usuários baixassem o aplicativo e proibiu outras transações que efetivamente impediriam o uso do TikTok nos Estados Unidos, mas a ação foi rejeitada pelos tribunais.
Por seu lado, a empresa diz que o governo da China não pode acessar os dados pessoais dos cidadãos dos Estados Unidos ou manipular o conteúdo do aplicativo.
O presidente-executivo do TikTok, Shou Zi Chew, deve comparecer ao Comitê de Energia e Comércio da Câmara dos Estados Unidos em março.