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    Planalto oferece cargos do segundo escalão para evitar riscos em eleição no Senado

    Rodrigo Pacheco (PSD-MG) disputa contra Rogerio Marinho, ex-ministro de Jair Bolsonaro

    Caio Junqueirada CNN

    O Palácio do Planalto entrou na operação política para tentar reeleger o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), na disputa contra Rogerio Marinho, ex-ministro de Jair Bolsonaro.

    Segundo aliados de Pacheco e fontes do Palácio do Planalto, cargos do segundo escalão estão sendo colocados na mesa para tentar conquistar senadores cujos votos são incertos. O foco está principalmente em cargos federais presentes nos estados, como superintendências. Há dezenas de cargos em aberto que até hoje não foram preenchidos, o que tem gerado críticas da base.

    A atenção é no próprio partido de Pacheco, o PSD. Um grupo se insurgiu nos bastidores contra o fato de a principal comissão do Senado, a de Constituição e Justiça, estar prometida para Davi Alcolumbre, atual presidente do colegiado e principal operador político da campanha de Pacheco. De 13 senadores do partido, pelo menos cinco são colocados como possíveis votos em Marinho.

    Interlocutores de Pacheco apontam que o número é menor. Ontem (30), o novo líder da bancada, senador Otto Alencar (BA), esteve no Planalto para tratar do assunto. Outro ponto de atenção é o União Brasil, partido de Alcolumbre, que tem manifestado incômodo com o controle absoluto dele pelos cargo na CCJ e nas negociações com o governo.

    Apesar dos movimentos, aliados de Pacheco apontam que ele ainda tem a maioria para vencer. Mas admitem que a candidatura de Marinho ganhou tração nas últimas 24horas, o que levou o Planalto a se mobilizar.

    Nas contas de seus interlocutores, o número de votos varia de 45 a 55. Em 2021, ele teve 57 votos.Já aliados de Marinho apostam em um virada até o momento da eleição, prevista para a tarde desta quarta-feira. Eles tem defendido que os senadores que apoiam Marinho declarem abertamente seu voto.

    Também apostam na desistência de Eduardo Girão, que teria algo em torno de quatro votos que poderiam migrar para Marinho. A tese de que se trata um terceiro turno da eleição presidencial entre Lula e Bolsonaro é rejeitada como fator determinante da campanha. Para eles, o eixo é a mudança do grupo de comanda o Senado.

    Alcolumbre foi eleito presidente em 2019 e indicou Pacheco como sucessor em 2021. Sua reeleição agora significaria para eles uma nova alternância entre ambos.

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