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    Ibovespa fecha semana em alta de 0,36%; dólar desvaloriza 1,84%

    Moeda norte-americana registra primeira alta nesta sexta-feira, após quatro quedas seguidas, enquanto principal índice da B3 encerrou este pregão em baixa

    Investidores digeriam dado de inflação dos Estados Unidos em linha com o esperado e declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad
    Investidores digeriam dado de inflação dos Estados Unidos em linha com o esperado e declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad Nicholas Cappello/Unsplash

    da Reuters

    O Ibovespa fechou em queda de 1,63% nesta sexta-feira (27), aos 112.316,16 pontos, no primeiro pregão após a abertura da temporada de balanço das empresas de capital aberto.

    No acumulado da semana, o índice registra variação positiva de 0,36%.

    Já o dólar fechou em alta de 0,76% nesta sexta-feira, cotado a R$ 5,112, em dia de ajuste após quatro quedas consecutivas e diante do fortalecimento da moeda norte-americana no exterior.

    A moeda norte-americana registra recuo de 1,84% no balanço da semana.

    A Cielo divulgou na quinta-feira (26) o resultado do 4º trimestre de 2022 e, consequentemente, do agregado do ano. Os papéis da empresa chegaram a abrir em alta, mas reverteram os ganhos minutos depois e puxavam a queda do Ibovespa até o momento, com recuo de 3,59%.

    Investidores digeriam dado de inflação dos Estados Unidos em linha com o esperado e declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

    O núcleo do PCE avançou 0,3%, em linha com o esperado por economistas consultados em pesquisa da Reuters e reforçando tendência apontada por dados anteriores que sinalizam um arrefecimento da inflação nos EUA, o que endossa postura menos agressiva do Fed.

    O dado, que vem após Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA ter vindo acima do esperado na véspera, manteve a expectativa majoritária no mercado de que o Fed reduzirá novamente o ritmo de sua alta de juros na próxima reunião, marcada para semana que vem, e depois elevará a taxa apenas mais uma vez.

    Além do Fed, o banco central da zona do euro e o próprio Banco Central do Brasil (BC) têm reuniões de política monetária na semana que vem.

    No Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou em entrevista ao jornal Valor Econômico que a reforma tributária manterá a carga de impostos no nível atual, o que ajudará a colocar o Brasil em uma trajetória fiscal sustentável.

    Ele afirmou que, combinada à aprovação conjunta do novo arcabouço fiscal ainda no primeiro semestre, as mudanças “sem dúvida” diminuirão pressões inflacionárias e, consequentemente, facilitarão a condução da taxa básica de juros pelo BC.

    “A entrevista agrada, ela traz algum ânimo para os investidores. É óbvio que tem temas ali não tão bem recebidos, por exemplo, ele volta a falar da moeda comum. Mas naquilo que o mercado acha que tem mais chance de avançar, que é reforma tributária e novo arcabouço fiscal, ele se mostrou otimista”, disse à Reuters o estrategista Gustavo Cruz, da RB Investimentos.

    Ainda na cena política, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva encontra-se com governadores na manhã desta sexta-feira, em meio a debate sobre a reoneração dos combustíveis. Lula disse a eles que a questão será discutida e que quer estabelecer uma nova relação com os entes federados.

    O presidente também almoçará com os governadores mais tarde.

    Haddad já colocou a retomada da tributação entre seus planos, mas disse que a decisão sobre o tema ainda dependia de avaliação de Lula.

    A desoneração sobre esses insumos foi adotada no ano passado pelo governo Jair Bolsonaro como forma de mitigar efeitos da alta do petróleo e conter a inflação. Lula prorrogou a medida após tomar posse, contra a vontade de Haddad.

    Na véspera, o dólar à vista fechou em baixa de 0,13%, a R$ 5,074 na venda.

    O Banco Central fez neste pregão leilão de até 16 mil contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1° de março de 2023.