América Latina e Caribe pedem financiamento internacional na cúpula da Celac
Presença do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva na cúpula marcou sua primeira viagem ao exterior desde que tomou posse em 1º de janeiro
Países da América Latina e do Caribe pediram na terça-feira (25) mais financiamento internacional na região após crises econômicas e climáticas, numa declaração final após cúpula realizada na capital argentina, Buenos Aires.
“Enfatizamos a necessidade de instituições financeiras regionais internacionais, como os Bancos Multilaterais de Desenvolvimento, melhorarem os instrumentos de crédito através de mecanismos limpos, justos, transparentes e acessíveis”, disse o documento.
A “Declaração de Buenos Aires” na sétima Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), com 111 pontos, descreveu como os efeitos da Covid-19, as mudanças climáticas e a guerra na Ucrânia afetaram toda a região.
“Expressamos nossa preocupação de que vários países emergiram da pandemia com níveis mais altos de dívida pública”, disse.
A declaração também enfatizou a importância da democracia em toda a região, expressou apoio às negociações entre o governo venezuelano e sua oposição, e exigiu que os Estados Unidos levantem seu bloqueio a Cuba.
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, enviou uma mensagem gravada dizendo que havia optado por não comparecer devido a “conspirações permanentes, ameaça permanente, emboscadas calculadas”.
A presença do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva na cúpula marcou sua primeira viagem ao exterior desde que tomou posse em 1º de janeiro, bem como o retorno do Brasil à Celac depois que o governo de Jair Bolsonaro deixou a comunidade.
O presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou, foi uma voz dissidente, apelando aos líderes para que não tivessem uma visão unilateral de acordo com sua ideologia, e dizendo que “há países aqui que não respeitam nem a democracia, nem as instituições, nem os direitos humanos”
Ele não identificou nenhuma nação pelo nome.