Venezuela e Cuba ainda devem US$ 529 milhões ao Brasil de empréstimos do BNDES
Mesmo o total já quitado não foi pago por Cuba e Venezuela, que acabaram dando o calote
Venezuela e Cuba ainda devem US$ 529 milhões, o que equivalente a 25% do total emprestado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aos dois países nos governos Lula e Dilma, apontam dados disponíveis na página do banco estatal.
Mesmo o total já quitado não foi pago por Cuba e Venezuela, que acabaram dando o calote. O BNDES precisou acionar as garantias para receber. Os empréstimos foram pagos pelo Fundo de Garantia à Exportação (FGE), que é custeado pelo Tesouro.
Em reunião nesta segunda-feira (23) com o presidente argentino, Alberto Fernandez, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o governo brasileiro pretende retomar os financiamentos de serviços de engenharia pelo BNDES, que foram interrompidos após os escândalos de corrupção revelados pela Operação Lava Jato.
Os dados do BNDES revelam que, dos US$ 656 milhões emprestados a Cuba, US$ 407 milhões ainda estão por vencer. São US$ 214 milhões em atraso indenizadas pelo FGE e US$ 13 milhões ainda a indenizar.
No caso da Venezuela, o total ainda a ser pago é menor: US$ 122 milhões de um total de US$ 1,5 bilhão. Já foram US$ 641 milhões não pagos ao BNDES pelo FGE, ou seja, pelo contribuinte brasileiro, e US$ 41 milhões ainda a indenizar.