Lula pede desculpas por Bolsonaro e diz que está “de volta para fazer bons acordos com Argentina”
O presidente brasileiro anunciou a retomada das relações comerciais com a Argentina, para que os dois países possam crescer economicamente
Após encontro com o presidente argentino, Alberto Fernández, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, em pronunciamento para a imprensa, que está de volta “para fazer bons acordos com a Argentina” e disse que pretende retomar a boa relação que os dois países tinham durante seus governos anteriores.
Lula também pediu desculpas pela atitude do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para com o país. “Estou pedindo desculpas para o povo argentino por todas as grosserias do último presidente brasileiro – que eu trato como genocida por conta da falta de cuidado na pandemia – e por todas as ofensas que ele fez contra Fernández”, disse.
Ele prometeu que, ao término de seu mandato, “a relação do Brasil com a Argentina será a melhor entre todos os países da América do Sul”.
O presidente brasileiro também relembrou o crescimento na parceria econômica entre os dois países durante os governos petistas e disse que essa relação seria retomada.
“Historicamente, o Brasil vivia de costas para a América do Sul e de frente para a Europa. [Durante os governos petistas no Brasil,] a Argentina passou a ser o terceiro parceiro comercial brasileiro. Foi o momento mais promissor da América do Sul.”
“Minha visita é para dizer que vamos reconstruir a relação de paz, produtiva e avançada, de dois países que nasceram para crescer, se desenvolver e gerar melhores condições de vida para seu povo”, falou.
Ele também disse que “os empresários já compreendem e precisam compreender cada vez mais o peso do que a Argentina significa para nós”.
E acrescentou: “Nossas universidades também precisam estar mais próximas. Uma boa relação não é apenas comercial, mas também cientifica, tecnológica, cultural e política.”
Lula também agradeceu pessoalmente a amizade de Alberto Fernández e o gesto do presidente argentino quando foi ao Brasil visitá-lo enquanto estava detido na Polícia Federal (PF).