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    Leniência em punir militares e recusa a dispensar homem de confiança de Bolsonaro levaram à queda de Arruda

    Avaliação foi a de que a eventual detenção de militares e a chamada leniência foi classificado como “caos” nas tropas.

    Thais Arbexda CNN

    A demissão do comandante do Exército, Júlio César de Arruda, foi motivada, especialmente, por dois episódios, segundo relatos feitos à CNN: a leniência do general em punir militares que participaram dos atos criminosos em Brasília no último dia 8 e sua recusa em cumprir a determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para remover o tenente-coronel Mauro Cid, homem confiança do ex-presidente Jair Bolsonaro, do comando de um dos batalhões do Exército em Goiânia.

    À CNN, autoridades que acompanharam de perto a decisão do governo de substituir Arruda disseram que o então comandante do Exército não vinha demonstrando disposição em controlar as tropas. Os sinais emitidos pelo general, segundo relatos, passaram a preocupar o governo diante da possibilidade de prisões de militares que participaram —direta e indiretamente— das invasões às sedes dos três Poderes, em Brasília.

    A avaliação foi a de que a eventual detenção de militares e a chamada leniência de Arruda em relação à punição poderia provocar o que foi classificado como “caos” nas tropas.

    De acordo com relatos feitos à CNN, Arruda vinha demonstrando pretensão de manter Cid, que foi ajudante de ordens de Bolsonaro durante todo o seu mandato, no posto em Goiás. A insistência do general passou a preocupar o governo. Cid é investigado por Alexandre de Moraes num inquérito que corre no Supremo Tribunal Federal (STF).

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