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    Líderes de atos criminosos no DF atuaram em bloqueios de rodovias após eleição, dizem investigadores

    Nenhum deles estão entre os alvos da operação da Polícia Federal nesta sexta (20), que cumpriu oito mandados de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão em todo o país

    Caio Junqueira

    Um cruzamento de dados das investigações do atos criminosos de 8 de janeiro com o dos bloqueios de rodovias pelo país nos dias seguintes à derrota de Jair Bolsonaro (PL) apontou haver lideranças que participaram dos dois movimentos, segundo investigadores ouvidos pela CNN nesta sexta-feira (20).

    Somente no estado de São Paulo, onde pelo menos 200 trechos de rodovias foram ocupados por bolsonaristas após as eleições, os investigadores identificaram até agora sete líderes que estiveram á frente dos atos golpistas de 8 de janeiro.

    Nenhum deles estão entre os alvos da operação da Polícia Federal hoje, que cumpriu oito mandados de prisão preventiva e 16 mandados de busca e apreensão em todo o país.

    O cruzamento se deu a partir da identificação que foi coletada pelos investigadores em Brasília dos passageiros que foram levados nas caravanas de ônibus até a capital federal no início do mês.

    Trata-se de uma das formas pelas quais os investigadores estão fazendo o cruzamento de dados dos dois atos golpistas, tendo em vista o volume de pessoas que participaram de ambos.

    Em razão disso, o foco tem sido buscar as lideranças e financiadores dos movimentos justamente para evitar que um processo com centenas de pessoas possa demorar muito tempo e dificultar a punição.

    No caso dos bloqueios de rodovias, a expectativa é de que nas próximas semanas já possa haver as primeiras denúncias.

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