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    Ação da Americanas despenca 42,5% e fecha valendo R$ 1

    Varejista entrou com pedido de recuperação judicial nesta quinta-feira (19)

    Antes do anúncio das "inconsistências contábeis" de R$ 20 bilhões, no último dia 11, as ações valiam R$ 12
    Antes do anúncio das "inconsistências contábeis" de R$ 20 bilhões, no último dia 11, as ações valiam R$ 12 SOPA Images/LightRocket via Gett

    Da CNN*

    As ações da Americanas despencaram 42,53% nesta quinta-feira, negociadas a R$ 1, após a companhia entrar com um pedido de recuperação judicial.

    Antes do anúncio das “inconsistências contábeis” de R$ 20 bilhões, no último dia 11, as ações valiam R$ 12.

    Nos 30 minutos finais do pregão na bolsa, a Justiça comunicou que acatou o pedido de recuperação judicial feito pela varejista.

    Na véspera, a Justiça do Rio de Janeiro reverteu decisão que protegia a Americanas de ser cobrada pelo BTG Pactual sobre dívida de R$ 1,2 bilhão com o banco. O Bradesco também pediu que a justiça só permita que a empresa retire recursos do banco com aval prévio.

    “O cenário segue se deteriorando rapidamente para a Americanas, que até o momento trouxe pouca ou nenhuma novidade positiva em termos de negociações com os credores”, afirmou a equipe da Guide Investimentos em nota a clientes.

    Recuperação judicial

    Americanas entrou com um pedido de recuperação judicial, com dívidas de R$ 43 bilhões que envolvem credores financeiros, trabalhistas e fornecedores. A recuperação judicial é uma trégua que a companhia pede à Justiça para não pagar suas dívidas enquanto tenta se recuperar. O único credor que ficou de fora foi o banco BTG, porque obteve uma liminar na Justiça.

    Depois do pedido de recuperação judicial, a Americanas vai precisar apresentar um plano de recuperação dos seus negócios, que geralmente envolve venda de ativos e um pesado desconto na dívida. Os bancos vão ter que provisionar as perdas em seus balanços, o que vai afetar a lucratividade. Além do BTG, os principais credores são Bradesco, Safra, Banco do Brasil, entre outros.

    Listagem

    A B3, a bolsa brasileira, informou nesta quinta-feira (19) que está excluindo os títulos da Americanas (AMER3) de todos os seus índices a partir de sexta-feira (20), incluindo os da carteira ISE B3, que se referem à práticas ESG.

    De acordo com a B3, a exclusão foi devido ao pedido de recuperação judicial feito pela empresa nesta quinta-feira, e inclui, além do ISE, os índices: IBOV, IGCX, ICO2, ICON, IBXX, IGCT, IGNM, IBRA, IVBX, ISEE, ITAG, SMLL, IBXL e GPTW.

    *Com Reuters