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    Mortes por Covid-19 no mundo aumentam 21% em dezembro, segundo a OMS

    Número de casos da doença teve aumento de 21% entre os dias 5 de dezembro e 1º de janeiro, em comparação com os 28 dias anteriores, de acordo com boletim epidemiológico

    Lucas Rochada CNN , em São Paulo

    Em todo o mundo, mais de 3 milhões de novos casos e 10 mil mortes por Covid-19 foram relatados à Organização Mundial da Saúde (OMS) na semana de 26 de dezembro a 1º de janeiro. Os indicadores representam uma redução semanal de casos e de mortes de 22% e 12%, respectivamente.

    No entanto, considerando os últimos 28 dias de análise pela OMS, de 5 de dezembro a 1º de janeiro, o mundo apresentou um aumento de 25% nos casos e de 21% de óbitos pela doença. Globalmente, foram registradas no período mais de 14,5 milhões de infecções e mais de 46 mil novas mortes.

    Até o dia 1º de janeiro, foram confirmados mais de 656 milhões de casos e mais de 6,6 milhões de mortes no mundo, segundo o boletim epidemiológico mais recente divulgado pela OMS na quarta-feira (4).

    Em relação ao cenário epidemiológico da Covid-19 nos países, o documento aponta que os números mais elevados de novos casos semanais foram notificados no Japão (946.130 novos casos), na Coreia do Sul (457.745), nos Estados Unidos (393.587), na China (218.019) e no Brasil (206.944).

    Os números mais elevados de novas mortes semanais foram relatados nos Estados Unidos (2.501 novas mortes), Japão (1.941), Brasil (1.110), França (803) e China (648).

    De acordo com a OMS, as tendências atuais nos casos relatados de Covid-19 podem estar abaixo do número real de infecções e reinfecções globais, conforme mostrado por pesquisas de prevalência.

    “Os dados devem ser interpretados com cautela, pois vários países mudaram progressivamente as estratégias de teste de Covid-19, resultando em menor número de testes realizados e consequentemente menor número de casos detectados. Além disso, os dados das semanas anteriores são atualizados continuamente para incorporar retrospectivamente as mudanças nos casos relatados de Covid-19 e mortes feitas pelos países”, diz o documento.

    Variantes do coronavírus

    A OMS realiza o monitoramento contínuo das variantes do coronavírus. Segundo a OMS, a emergência de uma nova variante representa preocupação diante da possibilidade de impactos para as vacinas em uso e para os testes de diagnóstico, aumento da transmissibilidade do vírus e da gravidade da doença.

    O boletim epidemiológico aponta que, entre 2 de dezembro e 2 de janeiro, mais de 105 mil sequências do coronavírus foram compartilhadas por cientistas no Gisaid, um banco de dados internacional. Entre elas, 103.723 sequências eram da variante Ômicron, respondendo por 98,4% das sequências relatadas globalmente nos últimos 30 dias.

    BA.5 e suas linhagens descendentes ainda são dominantes globalmente, respondendo por 63,7% das sequências submetidas ao Gisaid na semana de 12 a 18 de dezembro, embora sua prevalência esteja diminuindo.

    A prevalência de BA.2 e suas linhagens descendentes está aumentando, principalmente devido a BA.2.75, que juntas representam 15,2% das sequências submetidas. BA.4 e suas linhagens descendentes estão em declínio com uma prevalência de 0,7% a partir da semana avaliada. Sequências não identificadas (presumivelmente Ômicron) representam 13,6% das sequências submetidas ao Gisaid, enquanto as outras linhagens respondem por 6,1%, segundo o boletim.

    Em nível global, seis variantes atualmente sob monitoramento respondem por 74,4% da prevalência na semana avaliada e substituíram as antigas linhagens descendentes BA.5. Estas seis variantes sob monitoramento, e a respectiva prevalência, são BQ.1 (44,9%), uma sublinhagem de BA.5; BA.5 com uma ou várias mutações (10,3%); BA.2.75 (11,8%); BA.4.6 (0,6%) e BA.2.3.20 (<0,1%).

    Na semana de 12 a 18 de dezembro, a prevalência de XBB foi de 6,8%, que inclui XBB.1.5 que teve um aumento nas sequências na semana (667 sequências) em comparação com a semana anterior.

    A OMS afirma que, com base nas evidências atuais, não há indicação de aumento da gravidade associada a essas variantes sob monitoramento em comparação com as antigas linhagens da Ômicron.

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