Indicado por Dino à PRF enaltece Lula, critica Bolsonaro e faz menção a Fidel Castro em suas redes
Futuro ministro da Justiça anunciou a troca de sua indicação para a direção-geral da Polícia Rodoviária Federal nesta quarta-feira (21)
O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), trocou sua indicação para a direção-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Ele anunciou nesta quarta-feira (21) que o cargo ficará para Antônio Fernando Oliveira.
O indicado pelo ex-governador é policial rodoviário federal e tem 56 anos. Em um de seus perfis nas redes sociais, Antônio aparece com um chapéu militar na cabeça e um charuto na boca — no que parece uma alusão a Fidel Castro.
Em outro de seus perfis, Antônio exibe fotos em que declarava apoio à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência. A maior parte das publicações do indicado enaltece feitos e discursos do petista e critica a gestão do atual presidente, Jair Bolsonaro (PL).
Nascido em Salvador (BA), Antônio Oliveira mudou-se para São Luís em 1996, após concluir sua graduação em odontologia. Ele também é advogado por formação.
Após iniciar carreira pública na PRF da Bahia, ele foi transferido para Imperatriz, no Maranhão. Nos anos seguintes, trabalhou junto a Flávio Dino em seu mandato de deputado federal e, posteriormente, governador, por meio de seu trabalho na Assessoria de Planejamento do Departamento Estadual de Trânsito do Estado (DETRAN/MA).
Em 2021, ele recebeu o título de Cidadão Ludovicense (referente à capital do Maranhão, São Luís).
Troca na indicação
Dino havia indicado Edmar Camata ao cargo na terça-feira (20). Contudo, após o anúncio, o indicado recebeu críticas de aliados de Lula por ter declarado no passado apoio irrestrito à Operação Lava-Jato. Na época, segundo postagens feitas na internet, o policial defendeu a prisão de Lula na investigação.
“Eu reconheço o excelente currículo, ele [Edmar Camata] permanece vinculado à PRF, mas eu tenho buscado uma equipe ampla e com pluralidade. Preciso de uma equipe que tenha condição de levar o trabalho adiante”, justificou Dino sobre a troca.
Segundo ele, o cargo é de natureza política. Por isso é preciso que seja observado alinhamento com os gestores.
“Nós fazemos uma pesquisa de todas as pessoas e levamos em conta o presente e menos as visões pretéritas. Somente os mortos não evoluem. Mas nós precisamos examinar se aquele líder tem condições políticas de conduzir a sua atribuição”.