MP pede que STF quebre sigilo de produtor rural suspeito de financiar ida de cacique a Brasília
Segundo declara, ele e colegas prestaram auxílio à população indígena para o deslocamento a Brasília para participar dos atos antidemocráticos
O Ministério Público (MP) de Mato Grosso pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta sexta-feira (16), o bloqueio imediato das contas bancárias do produtor rural Maurides Parreira Pimenta por suspeita de financiamento de atos antidemocráticos.
Segundo o MP, circula nas mídias sociais o vídeo do produtor que se identifica como “Dide Pimenta”, no qual relata que após ser procurado pelo Cacique Serere – cuja prisão foi recentemente pelo ministro Alexandre de Moraes. Segundo declara, ele e colegas prestaram auxílio à população indígena para o deslocamento a Brasília para participar dos atos antidemocráticos.
Ainda de acordo com o MP, o produtor menciona na gravação que, além de apoio para o deslocamento, estão com dificuldades de mantê-los em Brasília, ao passo que pede doações financeiras para ajudá-los.
O MP também pede a quebra do sigilo bancário com o fim de identificar outros organizadores/financiadores dos atos e que ele seja ouvido pela PF.
O pedido ocorreu em processo que tramita na Corte no qual Moraes tem dado decisões sobre vias obstruídas por manifestantes.
O indígena José Acácio Serere Xavante foi preso pela Polícia Federal por suspeita de participação em atos antidemocráticos. A detenção foi solicitada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e autorizada por Moraes.
Após a prisão do líder indígena, os manifestantes tentaram invadir o prédio da PF em Brasília, queimaram veículos e transportes públicos. A Polícia Militar do Distrito Federal deslocou guarnições para controlar a situação com a aplicação das forças táticas e batalhão de choque.
A CNN tenta contato com o produtor.