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    Fed anuncia aumento de 0,5 ponto percentual na taxa de juros nos EUA

    Comunicado do banco central do país destaca cenário de inflação elevada e baixo desemprego como base para o reajuste

    Ana Carolina Nunesdo CNN Brasil Business em São Paulo

    O Federal Reserve (Fed – o banco central dos Estados Unidos), anunciou alta de 0,5 ponto percentual na taxa de juros, que fica agora entre 4,25% a 4,50%, o menor aumento dos sete seguidos realizados pelo banco no último ano.

    De acordo com o comunicado do banco, a decisão foi unânime e levou em consideração a baixa taxa de desemprego no país e a inflação ainda elevada, em 7,1% no acumulado dos últimos 12 meses. Segundo o Comitê de Política Monetária, a meta é de 2%.

    “O Comitê antecipa que os aumentos em curso na faixa da meta serão apropriados para atingir uma postura de política monetária suficientemente restritiva para retornar a inflação para 2% ao longo do tempo.

    A guerra na Ucrânia também foi citada pelo Comitê como um dos fatores que seguem pressionando a inflação, não só nos EUA como globalmente.

    O banco diz ainda que o Comitê continuará reduzindo suas participações em títulos do Tesouro, dívidas de agências e títulos lastreados em hipotecas de agências e que, para as próximas decisões, levará “em consideração uma ampla gama de informações, incluindo leituras sobre saúde pública, condições do mercado de trabalho, pressões inflacionárias e expectativas inflacionárias e desenvolvimentos financeiros e internacionais.

    Confira a íntegra do comunicado do Fed desta quarta-feira

    Indicadores recentes apontam crescimento modesto do gasto e da produção. Os ganhos de empregos foram robustos nos últimos meses e a taxa de desemprego permaneceu baixa.

    A inflação permanece elevada, refletindo desequilíbrios de oferta e demanda relacionados à pandemia, preços mais altos de alimentos e energia e pressões de preços mais amplas.

    A guerra da Rússia contra a Ucrânia está causando enormes dificuldades humanas e econômicas. A guerra e eventos relacionados estão contribuindo para aumentar a pressão sobre a inflação e estão pesando sobre a atividade econômica global. O Comitê está altamente atento aos riscos de inflação.

    O Comitê busca alcançar o máximo de emprego e inflação à taxa de 2% no longo prazo. Em apoio a essas metas, o Comitê decidiu aumentar a faixa-alvo para a taxa dos fundos federais de 4,25% a 4,50%.

    O Comitê antecipa que os aumentos em curso na faixa da meta serão apropriados para atingir uma postura de política monetária suficientemente restritiva para retornar a inflação para 2% ao longo do tempo.

    Para determinar o ritmo de aumentos futuros no intervalo da meta, o Comitê levará em conta o aperto acumulado da política monetária, as defasagens com que a política monetária afeta a atividade econômica e a inflação e os desenvolvimentos econômico-financeiros.

    Além disso, o Comitê continuará reduzindo suas participações em títulos do Tesouro, dívidas de agências e títulos lastreados em hipotecas de agências, conforme descrito nos Planos para Redução do Tamanho do Balanço do Federal Reserve, emitidos em maio.

    O Comitê está fortemente empenhado em retornar a inflação ao seu objetivo de 2%.

    Ao avaliar a orientação apropriada da política monetária, o Comitê continuará monitorando as implicações das informações recebidas para as perspectivas econômicas. O Comitê estaria preparado para ajustar a orientação da política monetária conforme apropriado caso surjam riscos que possam impedir o alcance de suas metas.

    As avaliações do Comitê levarão em consideração uma ampla gama de informações, incluindo leituras sobre saúde pública, condições do mercado de trabalho, pressões inflacionárias e expectativas inflacionárias e desenvolvimentos financeiros e internacionais.

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