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    Deputados debatem sobre “revogaço” anunciado pela transição de governo

    Os deputados federais José Medeiros (PL-MT), vice-líder do governo na Câmara, e Henrique Fontana (PT-RS), vice-líder da oposição na Câmara, falaram sobre a possibilidade de o novo governo promover um "revogaço" de medidas decretadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL)

    Fernanda PinottiEster CassaviaLetícia Brito SilvaVinícius Tadeuda CNN , em São Paulo

    Em debate promovido pela CNN nesta quarta-feira (14), os deputados federais José Medeiros (PL-MT), vice-líder do governo na Câmara, e Henrique Fontana (PT-RS), vice-líder da oposição na Câmara comentaram sobre a frase do coordenador técnico da equipe de transição e futuro presidente do BNDES no novo governo, Aloizio Mercadante, que disse que haviam 23 páginas “só de revogaço” no relatório da transição governamental.

    Para Medeiros, “o revogaço não passa de uma medida política”. Ele disse que o novo governo tem uma “sanha” contra o direito de se defender, contra a questão do sigilo de cem anos e contra a legislação que permitiu avançar no trabalho de agropecuária e mineração.

    “Para além da retórica política, [o revogaço] é muito prejudicial à população brasileira, não a Bolsonaro, mas ao povo como um todo”, falou o deputado do PL.

    Medeiros também ressaltou que, antes mesmo de assumir, o governo eleito já quer “acabar com a lei das estatais e com o teto de gastos”.

    Fontana acredita que o revogaço é parte importante da escolha democrática feita pela maioria do povo brasileiro nas eleições. “A maioria do Brasil escolheu um governo com uma visão diferente do atual. Nós não concordamos, e a maioria da população também não, com certas medidas.”

    Ele citou como exemplos a cultura do armamentismo, as medidas que enfraquecem a proteção ambiental, o sigilo de 100 anos para determinados documentos e a “obsessão” do atual governo em enfraquecer a participação da sociedade civil dos atos governamentais.

    *Veja o debate completo no vídeo acima

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