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    Segurança morre em estádio durante trabalho na Copa; família diz não ter recebido explicação

    Segundo organização, o queniano John Njua, de 24 anos, sofreu uma queda do 8º andar do Lusail Stadium

    Larry MadowoChris Eldergillda CNN

    Um guarda de segurança queniano que supostamente caiu enquanto estava em serviço no Estádio Lusail, no Catar, morreu no hospital, confirmaram sua família e autoridades à CNN.

    Seu empregador notificou a família do trabalhador migrante no sábado que John Njua Kibue, de 24 anos, caiu do 8º andar do estádio durante o serviço, disse sua irmã Ann Wanjiru.

    “Não temos dinheiro para conseguir justiça para ele, mas queremos saber o que aconteceu”, disse ela à CNN.

    Um atestado médico obtido pela CNN mostra que ele foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hamad General Hospital, em Doha. O documento diz que Njue teve um “ferimento grave na cabeça, fraturas faciais e fraturas pélvicas”.

    Em nota, os organizadores da Copa do Mundo — o Comitê Supremo de Entrega e Legado — anunciaram a morte de Kibue.

    “Lamentamos anunciar que, apesar dos esforços de sua equipe médica, ele infelizmente faleceu no hospital na terça-feira, 13 de dezembro, após permanecer na unidade de terapia intensiva por três dias”, acrescentou o comunicado.

    “Seus parentes foram informados. Enviamos nossas sinceras condolências à sua família, colegas e amigos durante este período difícil.”

    No início desta semana, o comitê anunciou que Kibue sofreu uma queda grave durante o serviço.

    “Os organizadores do torneio do Catar estão investigando as circunstâncias que levaram à queda com urgência e fornecerão mais informações enquanto aguardam o resultado da investigação”, afirmou em comunicado.

    “Também garantiremos que sua família receba todas as dívidas e valores devidos.”

    Ele estava inconsciente desde sábado e foi conectado a uma máquina para ajudá-lo a respirar, mostraram seus registros médicos. Um familiar foi informado na manhã desta segunda-feira sobre sua morte.

    Mas a família do guarda de segurança diz que seu empregador catariano, Al Sraiya Security Services, não explicou como ele caiu ou qualquer uma das circunstâncias que envolveram sua morte.

    “Queremos justiça. Queremos saber o que causou sua morte. Eles nunca nos enviaram uma foto para mostrar de onde ele caiu ou nos deram qualquer outra informação”, disse sua irmã Wanjiru à CNN.

    A CNN entrou em contato com os Serviços de Segurança Al Sraiya para comentar após a morte do guarda e ainda não recebeu uma resposta.

    Em comunicado à CNN, a embaixada do Quênia no Catar disse estar ciente do assunto e “realizar a assistência consular necessária enquanto aguarda a comunicação oficial do Comitê Supremo do Catar e das autoridades competentes”.

    A família do guarda diz que ele se mudou para o Catar em novembro passado para um contrato com a Al Sraiya Security Services.

    Uma mensagem de WhatsApp vista pela CNN foi enviada a seus colegas em outros estádios da Copa solicitando contribuições.

    “Ele veio aqui para sustentar sua família em casa, mas por azar seus sonhos chegaram ao fim hoje”, diz em parte. “Vamos fazer algo pelo nosso amado camarada.”

    Ele é o segundo trabalhador migrante relatado como morto desde o início do torneio no país do Golfo, depois que outro foi morto em um acidente em um resort usado pela Arábia Saudita durante a fase de grupos.

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