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    Copom cita incerteza elevada em cena fiscal e diz que não hesitará caso precise ajustar política

    Comitê divulgou nesta terça ata sobre reunião da última quarta-feira (7), quando decidiu manter a Selic em 13,75% ao ano

    Ligia Tuondo CNN Brasil Business São Paulo

    O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) ressaltou nesta terça-feira (13) que se mantém vigilante sobre o elevado grau de incerteza no cenário fiscal brasileiro, e disse que não “hesitará em retomar o ciclo de ajuste, caso o processo de desinflação não transcorra como esperado”.

    “O Comitê se manterá vigilante, avaliando se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período suficientemente prolongado será capaz de assegurar a convergência da inflação”, disse em ata sobre a reunião da última quarta-feira (7), quando decidiu manter a Selic em 13,75% ao ano.

    E enfatiza que “os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado”.

    No documento, o Comitê citou ainda os diferentes canais pelos quais a política fiscal pode afetar os preços, “não só os efeitos diretos na demanda agregada, como também via preços de ativos, grau de incerteza na economia, expectativas de inflação e taxa de juros neutra”.

    Além disso, ressalta que debateu de “forma extensa” os impactos de diferentes cenários fiscais sobre a inflação, e reforça que “mudanças em políticas parafiscais ou a reversão de reformas estruturais que levem a uma alocação menos eficiente de recursos podem reduzir a potência da política monetária”.

    O documento ressalta que, em ambiente de hiato do produto reduzido, o impacto de estímulos fiscais significativos sobre a trajetória de inflação tende a se sobrepor aos impactos almejados sobre a atividade econômica.

    “O Comitê julgou que há ainda muita incerteza sobre o cenário fiscal prospectivo e que o momento requer serenidade na avaliação de riscos”.

    Com o aumento das incertezas, o Copom ressalta que suas projeções de inflação tiveram leve aumento no horizonte relevante “em função tanto da elevação da projeção de inflação de preços livres em prazos mais curtos quanto de uma revisão da projeção de inflação de preços administrados em prazos mais longos”.

    “No que diz respeito a 2024, entretanto, o Comitê notou com preocupação uma elevação na média das expectativas”.

     

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