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    Mercado vê déficit fiscal subir a R$116 bi em 2023, mostra Prisma

    Movimento é resultado de um crescimento moderado na projeção das receitas líquidas do governo

    da Reuters

    O mercado financeiro piorou a projeção para o resultado primário do governo em 2023, em meio às negociações para ampliação de gastos no ano que vem e às incertezas sobre o futuro do arcabouço fiscal do país, mostrou relatório Prisma Fiscal divulgado nesta segunda-feira (12) pelo Ministério da Economia.

    De acordo com o documento, que capta projeções de agentes de mercado para as contas públicas, a mediana das expectativas para o resultado primário do governo central em 2023 ficou em déficit de R$ 116,2 bilhões, ante saldo negativo de R$ 93,0 bilhões projetado em novembro.

    O movimento é resultado de um crescimento moderado na projeção das receitas líquidas do governo, de R$ 1,873 trilhão para R$ 1,877 trilhão, enquanto haveria uma alta forte nas despesas totais, de R$ 1,949 trilhão para R$ 1,988 trilhão.

    Para este ano, o dado para o governo central segue em trajetória positiva, com expectativa de superávit de R$ 63,9 bilhões, contra saldo positivo de R$ 59,3 bilhões estimados no levantamento anterior. Se confirmado, será o primeiro resultado no azul em nove anos para o governo central, que reúne contas de Tesouro Nacional, Previdência e Banco Central.

    Os analistas consultados pela pasta reduziram a previsão para a dívida bruta do governo geral em 2022 para 75,60% do Produto Interno Bruto (PIB), ante 77,28% na pesquisa de novembro. Para 2023, a estimativa está em 80,50%, contra 80,78% na pesquisa anterior.

    Ainda não há clareza sobre o quadro fiscal do país em 2023. O Orçamento do ano que vem foi enviado ao Congresso pelo governo com a previsão de um rombo de R$ 63,7 bilhões, número que não incorpora promessas do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, como o Auxílio Brasil em patamar elevado, que originalmente valeria até dezembro.

    O governo eleito negocia com o Congresso a aprovação de uma PEC para ampliar os gastos no ano que vem e liberar outros desembolsos de ministérios. O texto aprovado no Senado, que ainda será avaliado pela Câmara, amplia o teto de gastos em R$ 145 bilhões.