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    Waack: Haddad vai lidar com uma situação fiscal melhor do que a reputação

    Por mais que o discurso político exija que o novo governo afirme que vai começar numa terra arrasada, não é o que os números indicam

    William Waackda CNN

    Fernando Haddad deve ser confirmado nesta sexta-feira como novo ministro da Fazenda. Ele já se encontrou hoje, quinta, com seu antecessor, Paulo Guedes.

    Foi tudo muito transparente e cordial, disse Haddad.

    Mas o que Haddad vai dizer quando se confrontar com a herança do governo que está indo embora?

    Deixando de lado as paixões políticas – talvez a coisa mais difícil nos dias de hoje – Haddad vai lidar com uma situação fiscal melhor do que a reputação.

    Com uma situação de desemprego na faixa do equilíbrio, isto é, o desemprego não é tão grande a ponto de provocar uma recessão nem tão pequeno a ponto de induzir inflação.

    A economia não está expandindo de forma exuberante, mas também não está contraindo. A balança comercial é boa. A inflação registra trajetória de queda.

    Esse é o ponto de partida para o próximo ministro da fazenda, que terá, graças ao apetite do centrão, um belo espaço para gastar. E, pelo menos no começo, sem ter de dizer de onde virá o dinheiro.

    Por mais que o discurso político exija que o novo governo afirme que vai começar numa terra arrasada, não é o que os números indicam.

    Não se pode dizer que, no geral, a situação econômica seja perfeita. Longe disso.

    Mas não só em nome da cordialidade, vai ser difícil o novo ministro chamar a herança de maldita.