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    Análise: Neymar volta a campo e faz gol, mas ainda não está na sua melhor forma

    Ao fim da goleada sobre a Coreia do Sul, Neymar foi eleito o melhor em campo

    Marcio Dolzando Estadão Conteúdo

    Ao anunciar na véspera que colocaria Neymar desde o começo da partida contra a Coreia do Sul, o técnico Tite justificou que prefere a utilização de seu melhor jogador desde o início.

    Nesta segunda-feira (5), o craque do Paris Saint-Germain não foi o melhor em campo, mas foi algo próximo do que se espera dele, ao menos na primeira parte do jogo: decisivo, participativo e driblador.

    Marcou um gol de pênalti, igualou marcas de Pelé e Ronaldo e demonstrou que, se ainda não está no mesmo patamar de antes da lesão no tornozelo, está quase pronto para voltar a liderar o Brasil na Copa do Mundo. Ao fim da partida, foi eleito o melhor em campo.

    Contra os coreanos, Neymar recebeu sua primeira bola aos dois minutos de jogo. Dominou, viu um marcador chegar para roubá-lo e deixou a bola se ir. Se não tivesse o receio (esperado) por estar dividindo uma bola em campo após 11 dias de recuperação, certamente teria corrido para tentar recuperá-la.

    Oito minutos depois, Richarlison sofreu pênalti e Neymar teve seu nome gritado pelos torcedores. Raphinha pegou a bola para efetuar a cobrança, mas sabia que era Neymar quem deveria bater. Primeiro, porque ele é o cobrador oficial da seleção. Segundo, porque era a oportunidade de dar ao atacante a confiança extra que precisava.

    Neymar bateu, com aquela calma que beira à displicência, e marcou seu primeiro gol na Copa do Mundo do Catar. Com ele, igualou Pelé e Ronaldo ao marcar em três Mundiais seguidos.

    A partir daí, o melhor de Tite jogou parecido ao seu melhor estilo. Correu menos que o normal, mas buscou o drible e a verticalidade. Voltou para ajudar na marcação, e quando não tinha a bola tinha pelo menos um adversário ao seu encalço.

    Aos 27, tentou se livrar de dois marcadores e, com a bola dominada, trombou com o juiz Clément Turpin. Sem titubear, Neymar girou para o outro lado e se desvencilhou dos três.

    Queda de rendimento

    No segundo tempo, o rendimento de Neymar diminuiu junto com o do time. Fincado entre dois coreanos dez metros à frente da área, o atacante falhou ao tentar um passe de letra aos nove minutos, e depois ao tentar uma triangulação aos 15.

    Foi mais ou menos a essa altura do jogo que o jogador começou a dar sinais de desgaste. Num intervalo de dois minutos, curvou-se três vezes para ajustar alguma coisa nas chuteiras e começou a trotar em campo.

    Aos 21, Neymar foi envolvido como raramente costuma ser, quando Kim Moon-hwan tocou a bola por entre as pernas do atacante e só não concluiu a caneta porque Son Jun-ho jogou a bola à frente antes do segundo toque.

    Dali até ser substituído por Rodrygo, aos 35 minutos, Neymar pouco apareceu. Parou de correr ao ataque e também parou de ir buscar o jogo na defesa. Naquele momento, a vitória já estava garantida e o retorno do craque, sacramentado. Foi uma boa volta de Neymar. Mas ele pode mais.

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