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    Verde Agritech pede autorização para construção de ramal ferroviário em MG

    Projeto da companhia prevê um traçado entre instalações da companhia para escoar a produção de fertilizantes

    da Reuters

    A produtora de fertilizantes Verde Agritech informou nesta segunda-feira (5) que solicitou autorização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para a construção de um ramal ferroviário no interior de Minas Gerais, em um projeto que pode exigir mais de meio bilhão de dólares em investimentos e deverá ser assumido por um operador ferroviário, segundo comunicado divulgado ao mercado.

    O projeto da companhia prevê um traçado entre instalações da companhia, em São Gotardo, e a cidade de Ibiá, no Triângulo Mineiro, para escoar a produção de fertilizantes potássicos.

    “Ao conectar as minas de potássio da Verde, a maior reserva conhecida do Brasil, aos seus principais centros consumidores, a ferrovia dará aos agricultores acesso a um volume ainda mais substancial de produto”, comentou o fundador e CEO da Verde Agritech, Cristiano Veloso, em nota.

    Segundo a empresa, o ramal ficará interligado a uma rede ferroviária que conecta 7 estados e o Distrito Federal, que tem parte administrada pela Ferrovia Centro Atlântica (FCA).

    “As ferrovias FCA são a principal rota entre as regiões Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil”, destaca o comunicado.

    A companhia tem hoje duas plantas em operação, em São Gotardo e Matutina, com capacidade de produzir anualmente até 3 milhões de toneladas de fertilizantes.

    Este ano, a construção da terceira planta, com investimentos de R$ 275 milhões, foi anunciada pela empresa para ser concluída em 2024, elevando a capacidade de produção para 16,4% da demanda nacional.

    A Verde Agritech diz esperar a autorização da ANTT para os próximos meses.

    “Caso a autorização seja concedida, será posteriormente assinado um contrato entre a ANTT e a Verde, autorizando a exploração da ferrovia em regime privado. Depois disso, a companhia iniciará os estudos ambientais e de engenharia para este projeto”, explica o comunicado ao mercado.

    A empresa, com ações na bolsa de Toronto, afirma ser a companhia com maior capacidade de produção de potássio para a agricultura do Brasil e a primeira do mundo a aditivar fertilizante mineral com microrganismos.

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