Feira Preta terá ‘after’ no Sesc Itaquera
O encerramento oficial do evento terá uma programação bônus sobre afroempreendedorismo no dia 11, a partir das 10h.
Ao longo do mês de novembro, a Feira Preta, considerado o maior festival de afroempreendedorismo da América Latina, promoveu uma programação sobre negócios, tecnologia, literatura, música e artes digitais, em diversos pontos da cidade de São Paulo. O encerramento oficial do evento, que completa 21 anos, terá um encontro em formato pocket no Sesc Itaquera. Ao todo cinco empreendedores colombianos que participaram do Afro Colômbia estarão presentes.
“Essa programação foi feita junto ao intercâmbio entre Brasil e Colômbia. Teremos gastronomia, empreendedorismo e shows”, afirma a fundadora da Feira Preta e CEO da Preta Hub, Adriana Barbosa.
Bambara, Africanía, Afroline, Renacer e Esteban África trarão um pouco da cultura afro-colombiana em acessórios, peças de roupa, artesanato, produtos de beleza e maquiagem.
De acordo com a pesquisa Afroempreendedorismo Brasil de 2021, 35,8% dos empreendedores negros ou pardos tem entre 15 e 34 anos. Além disso, 61,5% dessas são mulheres.
“Observamos o quanto a população negra precisa superar barreiras estruturais, fazendo com que seja necessário ampliar esforços e investimentos para apoiar mais negócios diversos, e de impacto positivo. Além de ser a coisa certa a se fazer, queremos estimular que outras empresas se juntem a essa causa”, conta a diretora sênior de Pagamentos do Mercado Pago, Gabriela Szprinc.
Ainda de acordo com a pesquisa, realizada pelo Movimento Black Money em parceria com a Inventivos e a RD Station, os segmentos de saúde e estética são os mais representativos, com 14,3% dos negócios dirigidos por pessoas negras, seguidos pelo e-commerce e varejo com 10,4% e agências de publicidade e marketing com 8,4%. Outro dado importante é sobre educação e formação — 61,9% dos empreendedores negros e pardos possuem ensino superior, e 15,8% apresentam renda familiar superior a seis salários mínimos.
“Diante de tanto potencial criativo, não podemos ignorar o poder transformador e econômico do afroempreendedorismo. As mulheres têm papel fundamental na liderança, representando a fonte de renda de grande parte das famílias”, finaliza.
Expectativas de futuro
No Brasil, a população negra movimenta mais de R$1,7 trilhão de reais, segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva.
A CEO da Preta Hub e fundadora da Feira Preta se diz animada para 2023. “No ano que vem a gente quer ‘ocupar’ a Paulista com a programação do Festival”, conclui.
O evento que nasceu como um encontro para produtos de empreendedores negros, ganhou espaço e visibilidade desde sua primeira edição em 2002. Ao longo dos anos, foram R$ 6,5 milhões em circulação monetária entre os expositores, que somam 1.700 do Brasil e da América Latina.
