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    Lula defende a sindicalistas mudanças construídas com Congresso

    Segundo a Força sindical, presidente eleito falou na necessidade de fazer alianças amplas

    Caio Junqueira

    O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje a representantes de centrais sindicais defender a agenda de reivindicações deles, mas que é preciso que elas sejam negociadas com o Congresso Nacional.

    “Ele disse que seu governo será de reconstrução e essa reconstrução passa pela capacidade de fazer alianças amplas. Falou também que é preciso ganhar a agenda na política. Que a política não é para amadores. E que aprendeu muito com a queda da Dilma (Rousseff) e que precisamos ficar espertos. Que temos que trabalhar com deputados e senadores para ampliar o leque de alianças”, disse à CNN o secretário-geral da Força Sindical, Joao Carlos Gonçalves, o Juruna.

    De acordo com ele, Lula disse apoiar a agenda de reivindicações apresentadas no encontro pelos sindicalistas. “Ele falou: temos que fortalecer sindicatos, negociações coletivas. Disse que vai criar fórum tripartite para que haja negociação com empresários e governo. Mas lembrou que é preciso construir isso com o Congresso. Deixou claro que não vai ser tudo na canetada.”

    Juruna disse também que em certo momento um dos presentes pediu que o ministro da Fazenda a ser escolhido fosse progressista, a que Lula respondeu que o progressista ali era ele mesmo.

    Como a CNN mostrou mais cedo, a pauta de reivindicações que os sindicalistas levaram até Lula foi ampla e abordou principalmente a revisão de pontos da legislação trabalhista como a necessidade de se rever o financiamento dos sindicatos.

    Sindicalistas não defendem retornar ao antigo modelo do imposto sindical – eliminado pela reforma trabalhista de Temer- mas querem que trabalhadores que forem beneficiados pelas negociações possam contribuir voluntariamente com os sindicatos que lideram essas negociações.

    As centrais também pediram que as negociações individuais -outra mudança na reforma- sejam revistas e que seja retomado o princípio da ultratividade, pelo qual uma convenção trabalhista que não tenha sido renovada possa ter seus efeitos prolongados.

    Também foi pedido a Lula que haja uma reestruturação do Ministério do Trabalho, a retomada das negociações tripartites, das quais participam representantes do governo, dos trabalhadores e dos empresários e que os sindicatos voltem a homologar rescisões contratuais.

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