Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Reino Unido vai impor limites ao preço da energia elétrica por cinco anos

    Agência reguladora dará subsídios ao setor, mas exigirá novos investimentos para reduzir uso de combustíveis fósseis

    Américo Martinsda CNN , Em Londres

    A agência reguladora de energia do Reino Unido anunciou nesta quarta-feira (30) que vai impor limites ao preço da eletricidade pelos próximos cinco anos no país.

    A agência Office of Gas and Electricity Markets (OFGEM) também afirmou que vai exigir mais investimentos das empresas em processos limpos de operação para reduzir a utilização de combustíveis fósseis.

    A medida vai entrar em vigor em abril de 2023. Para ajudar com esse processo, a agência ofereceu um total de 3,59 bilhões de libras (cerca de R$ 23,5 bilhões) em subsídios para as seis distribuidoras de energia afetadas pela medida.

    As empresas, no entanto, já estão reclamando da imposição e devem recorrer da medida. Elas alegam que o limite no preço da eletricidade vai afetar seus lucros e, em consequência, limitar sua capacidade de investimento no sistema.

    Os regulamentos da agência justificam a possível imposição de controles de preços em algumas circunstâncias porque o setor é considerado um “monopólio natural e, portanto, não há maneira realista de introduzir concorrência em todo o setor”.

    Neste momento, o Reino Unido, assim como vários outros países da Europa, estão passando por uma grave crise de energia provocada principalmente pela Guerra da Ucrânia. O conflito levou a uma diminuição da oferta de gás russo ao continente e ao consequente aumento nos preços do gás e da energia elétrica.

    Para piorar, os britânicos estão enfrentando a maior inflação em 40 anos, de 11.1% ao ano, com um impacto severo na população, desacostumada com uma diminuição tão rápida de seu poder de compra.

    Com isso, várias entidades de defesa dos direitos dos consumidores passaram a criticar o que elas consideram “lucros elevados” das empresas de energia nos últimos meses.

    A OFGEM, então, resolveu controlar os preços – uma medida que costuma não dar certo em economias de mercado, reguladas pela lei da oferta e da procura.

    Tópicos