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    PEC deve adiar início de afrouxamento da taxa Selic, diz economista

    Em entrevista à CNN, a economista-sênior da LCA Consultores, Thaís Zara, avaliou que, no melhor cenário, a proposta enviada ao Senado pelo governo eleito pode manter a taxa de juros em 13,75% a.a; no pior, incentivar retomada de apertos monetários

    Tamara NassifEster Cassaviada CNN em São Paulo

    Em entrevista à CNN nesta terça-feira (29), a economista-sênior da LCA Consultores, Thaís Zara, avaliou que, no melhor cenário, a proposta enviada ao Senado pelo governo eleito pode manter a taxa de juros em 13,75% a.a. por mais tempo que o esperado, adiando, assim, o ciclo de afrouxamento monetário da Selic.

    “Nós temos ainda a expectativa que a Selic recue em meados do ano que vem. Dependendo do que for aprovado, podemos ter um impacto de piora da percepção de risco do Brasil, com déficits crescentes levando a uma dívida pública explosiva”, disse ela.

    “Esse cenário, que a gente considera adverso e com menos chances de acontecer, poderia trazer a necessidade de reiniciar o ciclo de alta da Selic. Por enquanto, o mais provável é que tenha algum tipo de contemporização e que a PEC venha mais modesta, com gastos extrateto menores, em até R$ 150 bilhões e válida por 2 anos.”

    Caso esse seja o caso, Zara diz que a percepção de risco do país não seria tão deteriorada, “ainda mais se houver algum tipo de sinalização que o arcabouço fiscal será revisto no ano que vem”.

    “Com isso, não teríamos uma deterioração acentuada dos ativos e nem a necessidade de subir juros, talvez só mantê-los por mais tempo e adiando um pouco esse início de ciclo de queda da Selic.”

    A economista ainda comentou sobre o que espera do desenho da nova regra fiscal, que pode exigir algum tipo de ajuste na carga tributária.

    Confira a entrevista na íntegra no vídeo acima.