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    Petróleo fecha em baixa, reflexo do Covid na China e do preço do óleo russo

    Vladimir Putin não pretende fornecer petróleo e gás para países que apoiarem o teto de preço do óleo

    Petróleo Brent para janeiro de 2023 recuou 0,08% (US$ 0,07), a US$ 85,34 o barril
    Petróleo Brent para janeiro de 2023 recuou 0,08% (US$ 0,07), a US$ 85,34 o barril FOTO DE ARQUIVO: O sol se põe atrás de uma bomba de petróleo nos arredores de Saint-Fiacre, perto de Paris, França, 28 de março de 2019. REUTERS/Christian Hartmann/Foto de arquivo

    Natália Coelho*, do Estadão Conteúdo

    Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa nesta quinta-feira, 24, pressionados pelos casos de covid-19 na China e com discussões sobre o teto do petróleo russo no radar. O movimento ocorreu apesar da desvalorização do dólar ante rivais, visto que a commodity é cotada pela moeda norte-americana.

    Na Intercontinental Exchange (ICE), o petróleo Brent para janeiro de 2023 recuou 0,08% (US$ 0,07), a US$ 85,34 o barril. No pregão eletrônico da New York Mercantile Exchange (Nymex), às 15h29 (de Brasília), o barril com entrega para o mesmo mês operava em estabilidade, a US$ 77,94.

    Segundo Victoria Scholar, analista da Interactive Investor, os preços de petróleo operam em baixa “depois que o G7 propôs um limite de preço para o petróleo russo que é mais alto do que os preços atuais do mercado, ajudando a aliviar as preocupações sobre a oferta restritiva no mercado”. Segundo reportagem da Bloomberg, o preço discutido está entre US$ 65 e US$ 70 o barril.

    De acordo com análise do Rabobank, vários países (incluindo Espanha, França e Polônia) pensam que, de acordo com as propostas atuais, o teto de preço é muito alto para ser útil.

    Nesta quinta, o porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, destacou que o presidente do país, Vladimir Putin, não pretende fornecer petróleo e gás para países que apoiarem o teto de preço do óleo, que deverá ser feito pelo G7, o que prejudicaria o lado da oferta.

    Segundo análise do Rabobank, os principais fatores relacionados à volatilidade do Brent de hoje, além do teto do preço do petróleo russo, parecem ser as preocupações com a demanda chinesa, à medida que a covid-19 se espalha rapidamente no país e os bloqueios são cada vez mais comuns.

    Nesta quinta, o país vem ampliando os lockdowns à medida que o número de casos da doença atingiu novo recorde diário. Em toda o país, a China registrou o recorde de 31.444 registrados nas últimas 24 horas na madrugada desta quinta, segundo informou a Comissão Nacional de Saúde.