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    • Diogo Jamra - Gerente de Articulação do Itaú Educação e Trabalho,
    • Ana Tacite - Gerente de Estratégia e Inovação do Instituto Coca-Cola Brasil,
    • Nayara Bazzoli - Gerente do GOYN-SP (Global Opportunity Youth Network) e
    • Vivianne Naigeborin - Superintendente da Fundação Arymax
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    • Diogo Jamra
      Diogo Jamra - Gerente de Articulação do Itaú Educação e Trabalho

      Diogo Jamra é gerente de Articulação do Itaú Educação e Trabalho.

      Atua há mais de 15 anos em entidades do terceiro setor e na administração pública na articulação, concepção e implementação de políticas de redução das desigualdades sociais.

      Tem experiência na gestão pública federal e municipal nas áreas do trabalho e ensino técnico e profissional.

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    • Ana Tacite
      Ana Tacite - Gerente de Estratégia e Inovação do Instituto Coca-Cola Brasil

      Ana Tacite é formada em Ciência Política (Universidade Católica de Córdoba), com mestrado em Desenvolvimento Internacional (George Washington University) e especialização em Gestão de Projetos (Georgetown University).

      Atua como Gerente de Estratégia e Inovação do Instituto Coca-Cola Brasil e é responsável pelo desenho de estratégias inovadoras para promover a inclusão produtiva de jovens em situação de vulnerabilidade social.

      Possui mais de 15 anos de experiência intersetorial na área de desenvolvimento social, trabalhando em organizações como o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), a Organização dos Estados Americanos (OEA), o Governo da Cidade de Córdoba na Argentina, e Microsoft América Latina.

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    • Nayara Bazzoli
      Nayara Bazzoli - Gerente do GOYN-SP (Global Opportunity Youth Network)

      Nayara Bazzoli é formada em Gestão de Políticas Públicas pela Universidade de São Paulo, com MBA em Gestão de Projetos e pós-graduação em Liderança e Gestão de Pessoas.

      Possui certificação internacional em Gestão de Projetos Sociais, além de formações em Sustentabilidade e Responsabilidade Social Empresarial e em Educação com ênfase na Primeira Infância pela Universidade de Harvard.

      Tem dez anos de experiência no 3º setor, trabalhando a frente de projetos de infância e juventudes, com enfoque em planejamento estratégico e articulação de parcerias. Atualmente, lidera o Global Opportunity Youth Network (GOYN) de São Paulo. T

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    • Vivianne Naigeborin
      Vivianne Naigeborin - Superintendente da Fundação Arymax

      Vivianne Naigeborin é superintendente da Fundação Arymax.

      Formada em Odontologia pela Universidade de São Paulo, é Yale World Fellow pela Universidade de Yale, membro da Rede de Líderes da Fundação Lemann e conselheira de diversas organizações da sociedade civil.

      Desde 2019, é Superintendente da Fundação Arymax, que tem como principal foco de atuação a inclusão produtiva de pessoas em vulnerabilidade econômica no mundo do trabalho.

      Anteriormente atuou como Strategic Advisor da Potencia Ventures e como Diretora Internacional de Parcerias Estratégicas e de Integração da América Latina da Ashoka Empreendedores Sociais.

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    Agenda coletiva é fundamental para inclusão produtiva das juventudes

    O retrato das juventudes brasileiras é, hoje, o de urgência. Urgência por políticas públicas e iniciativas, de curto e longo prazo, que garantam um presente e um futuro dignos para quem, ainda, representa a maioria na pirâmide populacional do país. O Brasil possui aproximadamente 50 milhões de jovens e uma oportunidade única de oferecer a essa população um contexto de perspectivas, de futuro produtivo, de realização de projetos de vida e, consequentemente, de contribuição com o desenvolvimento socioeconômico do nosso país.

    No entanto, o que vemos no Brasil hoje é a ausência de uma articulação coletiva, entre diversos setores da sociedade, e de medidas contínuas e planejadas para mudar esse retrato preocupante das nossas juventudes, que já nos cobra um preço alto no agora e ainda maior no amanhã. São quase 36% de jovens, entre 18 e 24 anos, que, no momento atual, estão sem estudo e sem trabalho, como revelou relatório recente da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). O Brasil é o segundo país com a maior taxa de jovens nessa situação. Este quadro evidencia um passado de insuficiência de políticas públicas e de medidas intersetoriais, que poderiam ter dado uma trajetória de vida diferente para esses quase 8 milhões de jovens.

    Somente na cidade de São Paulo, temos mais de 765 mil jovens potência, termo usado para definir aqueles com idade entre 15 e 29 anos que se encontram em situação de vulnerabilidade social, sem oportunidades de formação acadêmica e emprego formal, mas que poderiam estar contribuindo com o país de forma ativa. Vale lembrar que o jovem de baixa renda enfrenta barreiras que dificultam ainda mais a sua entrada e permanência no sistema produtivo, como maior dificuldade de acesso a tecnologias e o racismo estrutural, uma vez que 70% deles são pretos e pardos. Esse número preocupante de jovens sem acesso a oportunidades se soma a um cenário de crise mais ampla, com aumento da evasão e queda de aprendizagem nas escolas, problemas crônicos de desigualdade e exclusão, e outros efeitos econômicos e sociais da pandemia que têm refletido de maneira latente na realidade dessa população, e que afetam diretamente o país que queremos construir.

    Existem várias juventudes com inúmeras realidades e desafios e, por isso, não há apenas uma solução para todos os problemas. Enfrentar esse cenário de crise e criar um ambiente fértil de oportunidades para todos os jovens, principalmente aqueles em condições de vulnerabilidade, é uma questão complexa que só será possível a partir de uma agenda coletiva de impacto, em que todos os setores estejam representados e atuantes.

    A atuação conjunta e sistêmica, que envolva poder público, setor privado e sociedade em geral, passa fundamentalmente por fomentar medidas para essa parcela da população, viabilizar a sua formação profissional e a inclusão produtiva qualificada em espaços que garantam perspectiva de futuro. Para isso, definir agenda comum, metas compartilhadas e comunicação continuada são algumas ações necessárias para que a atuação colaborativa e organizada entre os setores traga os resultados esperados.

    Este é um anseio dos jovens. Pesquisa recente do Atlas das Juventudes, realizada com 16 mil jovens de todo o país, com apoio do Itaú Educação e Trabalho, GOYN SP e UNICEF, e em parceria com outras organizações da sociedade civil, mostrou que quase metade dos jovens considera que os conteúdos mais importantes para a escola são aqueles relacionados à preparação para o mundo do trabalho. Eles também pedem por qualificação profissional, estímulos para surgimento de novos formatos e dinâmicas de trabalho e mais empregos formais.

    A inclusão produtiva digna, jornada que temos que percorrer e fomentar, parte da busca ativa social para encontrar esses jovens, principalmente os jovens potência. É no diálogo com a rede de proteção social que os alcançaremos e poderemos, então, oferecer novas perspectivas de vida. Cabe a nós, nessa atuação coletiva e ativa, ainda estreitar laços com as redes de ensino e contribuir com mentorias e outros projetos aos estudantes. É fundamental prepararmos os jovens para o mundo do trabalho, seja a partir do ensino médio, com o itinerário de formação técnica e profissional, ou por outras frentes de oferta de Educação Profissional e Tecnológica.

    No ambiente corporativo, o setor produtivo pode recorrer a uma série de iniciativas para atrair e dar a primeira oportunidade para esses jovens potência, por meio de estágios, programas de aprendizagem, primeiro emprego e outros. É preciso que as corporações também invistam e implementem políticas inclusivas para a permanência e desenvolvimento contínuo desses jovens nas empresas. Tudo isso são medidas que demandam esforço, trabalho de longo prazo e compromisso. E que não podem mais ser adiadas.

    É responsabilidade de todos – como sociedade, setor produtivo, poder público – que as juventudes brasileiras tenham oportunidades e dignidade em suas jornadas de vida. Mas precisamos acelerar os passos, em conjunto e na mesma direção, para que nenhum jovem fique para trás.

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