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    Saiba como funciona a substituição extra e por que essa regra foi aplicada na Copa

    Quando um jogador precisar ser tirado de campo por suspeita de concussão cerebral, a seleção pode realizar uma mudança em seu time titular sem que a alteração seja contabilizada

    Jogadores de Argentina e Arábia Saudita disputam bola
    Jogadores de Argentina e Arábia Saudita disputam bola Divulgação/Asociación del Fútbol Argentino

    Estadão Conteúdo

    No terceiro dia da Copa do Mundo 2022, duas cenas violentas, ocorridas em dois jogos diferentes, ganharam destaque entre torcedores, atletas e imprensa. Os choques sofridos pelo goleiro do Irã, Alireza Beiranvand, na disputa contra a Inglaterra, e pelo lateral Al-Shahrani, da Arábia Saudita, no confronto contra a Argentina, foram fortes e ambos os jogadores tiveram suas cabeças atingidas. Eles chegaram a desmaiar após a pancada.

    Buscando minimizar os danos físicos e mentais à saúdes dos atletas, a Fifa instituiu uma nova regra para substituições na Copa do Catar. Quando um jogador precisar ser substituído por suspeita de concussão cerebral, a seleção pode realizar uma mudança em seu plantel titular sem que a alteração seja contabilizada no número máximo de substituições que uma equipe pode fazer em uma partida.

    A mudança na regra, além de assegurar que o atleta contundido não continue em campo após sofrer uma concussão, busca não penalizar equipes que tiveram atletas machucados durante uma partida.

    Essa não é a primeira vez que o novo regulamento é utilizado em uma competição oficial Fifa. No Mundial de Clubes de 2020, que foi jogado no Catar, a regra foi adotada como um primeiro teste oficial. É por esse motivo que o Irã pôde fazer seis substituições na partida contra Inglaterra, visto que o máximo de alterações permitidas no regulamento atual são cinco.

    O jogo chegou a ser paralisado durante oito minutos para que goleiro iraniano Alireza Beiranvand fosse atendido em campo, mas, com a confirmação da suspeita de concussão, ele foi substituído. No caso da Arábia Saudita, apesar da suspeita de concussão, o treinador Hervé Renard não utilizou todas as alterações disponíveis, realizando apenas quatro mudanças, contanto com o lesionado lateral Al-Shahrani, na partida contra a Argentina.

    Nos Mundiais anteriores, o número máximo de alterações permitidos eram três, porém, a regra foi alterada após a pandemia do coronavírus, permitindo que outras duas substituições fossem realizadas por cada equipe.