Acusada de racismo, vizinha de Eddy Jr alega que estava sob efeito de medicação
Declaração foi dada em petição apresentada pela defesa no último dia 18; ela chamou o youtuber de "macaco", "imundo" e "neguinho perigoso"
A aposentada Elizabeth Morrone, acusada de racismo pelo músico, youtuber e humorista Eddy Jr no dia 19 de outubro, em São Paulo, informou numa petição apresentada por sua defesa que estava sob efeito de medicação quando o chamou de “macaco”, “imundo” e “neguinho perigoso”.
Os dois moram no mesmo condomínio na capital paulista. Ela também teria recusado dividir o elevador com ele.
A vizinha compareceu na delegacia da Polícia Civil no dia 18 de novembro, mas não prestou depoimento. Ela e o filho foram intimados. Na época, a defesa negou as acusações, e o caso foi registrado como injúria racial.
Em outubro, o Tribunal de Justiça determinou uma medida de afastamento cautelar a favor de Eddy. Morrone não pode se aproximar a mais de 300 metros da dele e está proibida de de manter qualquer contato e de frequentar os mesmos lugares, ainda que tenha chegado antes ao local.
À época da repercussão do caso, Eddy, a vizinha, e o filho, deixaram o condomínio, mas retornaram em novembro.
Investigações continuam pela Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes Raciais, contra a Diversidade Sexual e de Gênero e outros Delitos de Intolerância (Decradi), do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil paulista.
A Secretaria de Justiça e Cidadania também analisa o caso, cuja multa pode chegar até R$ 95 mil. O condomínio onde ambos moram, na zona oeste de São Paulo, a multou em R$ 4 mil.