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    Caminho fácil e populista não nos leva para um bom destino, diz Paulo Hartung sobre PEC

    Em entrevista à CNN, o economista e ex-governador do Espírito Santo ressalta importância de revisar gastos antigos no orçamento para liberar espaço para novos

    Jorge Fernando Rodriguesda CNN

    A preferência histórica no Brasil por se criar gastos novos em detrimento de revisar obrigações financeiras antigas no orçamento federal gera um cenário desconfortável para as contas públicas, que acaba culminando em maior carga tributária e inflação, segundo Paulo Hartung, economista e ex-governador do Espírito Santo.

    “Precisamos mesmo de dinheiro novo? Porque, no Brasil, é assim, ninguém quer organizar os gastos que estão em curso, todo mundo quer arrumar uma grana nova. Mas grana nova é carga tributária com endividamento ou inflação”, disse em entrevista à CNN nesta terça-feira (22).

    “E entre o caminho fácil e populista, a visão de curto prazo e o caminho certo, nós precisamos aprender a tomar o caminho certo no país. O caminho fácil não nos leva para um bom destino, a história nos mostra isso”.

    Para Hartung, o governo eleito tem três principais desafios a partir do próximo ano: pacificar o país, ancorar as expectativas econômicas e enfrentar o problema da fome que voltou a crescer durante a pandemia.

    “É possível fazer a reancoragem das expectativas econômicas do nosso país e, ao mesmo tempo, cuidar dos brasileiros desamparados? É possível”, disse.

    O texto definitivo da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Estouro deve ser apresentado nesta terça-feira, conforme afirmou à CNN Wellington Dias, coordenador de orçamento da equipe de transição do governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    O projeto visa retirar o Auxílio Brasil de R$ 600 do teto fiscal. A minuta do texto foi entregue ao Senado pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) no dia 16 de novembro.

    Veja a entrevista completa no vídeo.

    *Publicado por Ligia Tuon.

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