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    Consciência negra contra a pandemia do racismo

    O racismo é como um vírus que pega; se um faz e, para ele, e quem o cerca, está tudo bem, o outro pode achar que está tudo bem mesmo e fazer igual

    Basília Rodrigues

    O Brasil é um país onde há racismo mas ninguém se admite racista. Apesar do diagnóstico da doença, o vírus nem sempre é identificado.

    Assim, não há mesmo doença que passe, nem com remédio, nem com 134 anos de fim da escravidão. Há tempos, vivemos negacionistas na pandemia do racismo. O corpo sucumbe aos sintomas mais cruéis, ansiedade, baixa estima, depressão e, nesta medicina social, está comprovado que a vítima pode até morrer por racismo.

    Isso pode acontecer na saída de um supermercado, vai que é confundido pelos seguranças; pode acontecer em uma abordagem policial; na fila do vestibular; na seleção de emprego; ou em qualquer outro lugar do país.

    E isso só ocorre porque o vírus ainda está lá, se relacionando com os sadios e com os de imunidade baixa, suscetíveis a repetir maus comportamentos.

    O racismo é como um vírus que pega. Se um faz e, para ele, e quem o cerca, está tudo bem, o outro pode achar que está tudo bem mesmo e fazer igual.

    O racismo é um comportamento errado e criminoso que infelizmente inspira plágio. Na analogia patológica, é como se fizessemos questão de ser ou continuar doentes. Nenhum racista solta a mão de ninguém, seguem às ruas sem máscara mesmo.

    E assim, caminha a humanidade, aquela da consciência humana, em que todos são iguais, ainda que alguns sejam mais iguais que outros.

    O 20 de novembro é para justamente todo mundo encarar a consciência negra, em que seria maravilhoso se o mundo dos iguais existisse, mas o da realidade exibe distâncias abissais entre essas pessoas de pele branca e pele preta porque umas vivem e outras sobrevivem; umas crescem e outras brigam para não serem encolhidas.

    O 20 de novembro é um dia para lembrar sobre o que é racismo e como combatê-lo.

    O 20 de novembro é um apelo à boa comunicação, para nem mesmo se parecer com um racista.

    É uma data de respeito e dignidade, que a Constituição diz ser humana, ainda que, na prática, não seja vivida por todos.

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