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    Bolsas dos EUA fecham em alta, apesar de tom mais duro do Fed quanto a juros

    Fala da presidente do Federal Reserve de Boston reforçou a necessidade de mais elevações das taxas para conter a inflação

    Reuters

    As bolsas de Nova York fecharam alta nesta sexta-feira (18), apesar das sinalizações de continuidade no ciclo de aperto de juros nos Estados Unidos por parte do Federal Reserve (Fed).

    O índice Dow Jones subiu 0,59%, aos 33745,69 pontos e o S&P 500 avançou 0,48%, aos 3965,34 pontos. Já o Nasdaq fechou próximo da estabilidade, com alta de 0,01%, aos 11146,06 pontos.

    Hoje a presidente da Federal Reserve de Boston, Susan Collins, afirmou que suas opiniões estão abertas quanto à intensidade do aumento dos juros em dezembro, reforçando a necessidade de mais elevações das taxas para conter a inflação.

    Em relatório a clientes, Edward Moya, da Oanda, pontua que Collins não descartou a possibilidade de um aumento de 75 pontos-base, pois não há evidências claras de que a inflação esteja desacelerando. “Apesar dos constantes tons de falcão dos formuladores de políticas desta semana, Wall Street continua convencida de que eles darão uma guinada e provavelmente cortarão as taxas em algum momento por volta do final do próximo ano”.

    O monitoramento do CME Group mostra que as chances de alta de 50 pontos-base (pb) nos juros em dezembro caíram para 75,8%, de 85,4% no dia anterior. Já a probabilidade de elevação de 0,75 ponto porcentual passou de 14,6% para 24,2%.

    Hoje, a Associação Nacional de Corretoras (NAR, na sigla em inglês) dos Estados Unidos informou que as vendas de moradias usadas nos Estados Unidos caíram 5,9% em outubro ante setembro. A queda, entretanto, foi menor que a esperada pelo mercado, o que pode alimentar expectativas de maior aperto monetário.

    “Ainda acreditamos que os mercados corporativos estão subestimando os riscos da recessão de 2023, mas os spreads provavelmente ficarão bastante estáveis por enquanto”, avalia a Oxford Economics.

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