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    Mercado reage à PEC do Estouro com alta do dólar e do juro

    Nesta manhã, o dólar se aproximava de R$ 5,50, o Ibovespa recuava 2,36% e as taxas de juros futuras superavam o pior período do governo Bolsonaro, batendo recorde

    Raquel Landimda CNN

    O mercado reagiu negativamente à minuta da “PEC do Estouro” divulgada na noite de quinta-feira (16) pelo vice-presidente Geraldo Alckmin.

    Nesta manhã, o dólar se aproximava de R$ 5,50, o Ibovespa recuava 2,36% e as taxas de juros futuras superavam o pior período do governo Bolsonaro, batendo recorde.

    Pelo texto divulgado, o estouro no teto de gastos pode chegar a R$ 198 bilhões: R$ 175 bilhões do programa Bolsa Família e outros R$ 23 bilhões de receitas extraordinárias que seriam direcionadas para investimentos, além de valores não definidos de doações para universidades e programas ambientais.

    A curva de juros, que mede a capacidade de solvência do país, deu um novo salto de 40 a 50 pontos, bateu recorde e ultrapassou os patamares de junho deste ano. Naquele mês, o governo Bolsonaro propunha e depois aprovava a PEC Kamikaze, que driblou a lei eleitoral e elevou o valor do programa Auxilio Brasil.

    Na visão dos operadores de mercado, é cada vez mais forte a percepção de que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva caminha para uma política econômica desenvolvimentista, similar a que foi adotada no governo Dilma Rousseff e que levou o país à recessão.

    As declarações de Lula ajudam a consolidar essa percepção. Hoje, na Cop-27 no Egito, ele voltou a afirmar que é preciso romper o teto de gastos para ter responsabilidade social que isso “vai cair a bolsa, o dólar vai aumentar, paciência”

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