Na COP27, ministro defende legado ambiental do governo Bolsonaro
Joaquim Leite diz que a administração federal fez políticas para incentivar economia verde e que governos anteriores só “agiam para multar”
O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, defendeu o legado ambiental do governo do presidente Jair Bolsonaro em seu discurso no plenário da COP27, em Sharm el-Sheik, no Egito.
Discursando para centenas de outros ministros e chefes de delegação de todo o mundo, Leite disse que nos últimos quatro anos o Brasil inverteu “a lógica dos governos anteriores de só agiam para multar, reduzir e culpar”.
Segundo ele, o atual “governo faz políticas para incentivar, inovar e empreender, criando assim marcos legais para uma robusta economia verde com geração de emprego e renda para todos os brasileiros”.
O ministro citou vários exemplos de programas federais que, segundo ele, ajudaram na implementação de uma economia mais verde no Brasil.
Entre os exemplos citados, estão o novo marco do saneamento, o lixão zero (que acabou com mais de 800 lixões a céu aberto), o recicla +, o programa metano zero e o campo limpo, um programa de reciclagem embalagens de defensivos agrícolas com índice de 94% de aproveitamento.
Leite se referiu, logo no início, ao desmatamento da Amazônia como um dos “enormes desafios ambientais” que o país precisa enfrentar. Mas ele não mencionou os números relacionados ao desmatamento da floresta.
Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a Amazônia registrou em 2021 os piores índices de desmatamento em 15 anos.
No fim do discurso, o ministro voltou a criticar governos anteriores dizendo que o foco deles era “enviar recursos somente para ONGs”, enquanto o governo Bolsonaro “implementou políticas junto com o setor privado para dar escala a uma nova economia verde com objetivo de neutralidade climática até 2050”.
Joaquim Leite está chefiando a delegação do governo brasileiro na COP27 e liderando as negociações com outros países.