Reguladores rondam FTX após colapso e rivais tentam acalmar investidores
Kris Marszalek, presidente da Crypto.com, refutou menções de que corretora enfrenta problemas
Reguladores financeiros continuavam a rondando a FTX após o colapso da corretora de criptomoedas na semana passada, enquanto empresas rivais buscavam tranquilizar investidores sobre sua própria estabilidade.
Kris Marszalek, presidente da Crypto.com, de Singapura, refutou menções de que a corretora enfrenta problemas. A declaração veio após investidores no fim de semana questionarem uma transferência de US$ 400 milhões em tokens de ether para a rival Gate.io em 21 de outubro.
Marszalek tuitou no domingo que o ether foi recuperado e devolvido à Crypto.com, mas o Wall Street Journal informou que os saques na exchange aumentaram no fim de semana.
Uma prova auditada das reservas da exchange será publicada dentro de semanas, disse Marszalek nesta segunda-feira (14). Um porta-voz da Crypto.com não respondeu a um pedido de comentário.
A Crypto.com está entre as 10 principais exchanges por volume de negócios globalmente, mas é menor que a FTX e a líder de mercado Binance.
Outra exchange de criptomoedas, a Kraken, disse no domingo que congelou as contas da FTX, da afiliada Alameda Research, e de seus executivos.
“Monitoramos ativamente os desenvolvimentos recentes com o espólio da FTX, estamos em contato com as autoridades e congelamos o acesso de contas Kraken a certos fundos que suspeitamos estarem associados a ‘fraude, negligência ou má conduta’ relacionados à FTX”, disse um porta-voz da Kraken.
A exchange de menor porte AAX interrompeu os saques no fim de semana, citando falhas em um parceiro terceirizado não identificado durante uma atualização programada de sistema.
A AAX disse que espera retomar as operações regulares em 7 a 10 dias, mas afirmou ema nota a clientes : “À luz da insolvência de um dos maiores players do nosso setor na semana passada, os usuários de criptomoedas estão legitimamente preocupados com a estabilidade operacional e financeira de trocas centralizadas de ativos digitais”.
A FTX entrou com pedido de recuperação judicial na sexta-feira (11), em um dos maiores colapsos da indústria de criptomoedas, após traders sacarem US$ 6 bilhões da plataforma em 72 horas e após a rival Binance abandonar um acordo de resgate.
A derrocada está sendo investigada por várias autoridades, incluindo promotores de Nova York, disse uma fonte com conhecimento das investigações nesta segunda-feira.
A LedgerX LLC, unidade da FTX, retirou formalmente nesta segunda-feira um pedido feito em dezembro de 2021 à Comissão de Negociação de Futuros de Commodities dos Estados Unidos para ofertar produtos que não são totalmente garantidos.
Os reguladores financeiros e de valores mobiliários das Bahamas estão investigando possível má conduta no colapso da FTX, disse a Força Policial Real das Bahamas no domingo.