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    Não há razão para nervosismo, diz Flávio Dino sobre reação do mercado à fala de Lula

    Para senador eleito, não houve "ponderação" por parte do mercado financeiro

    Carolina Cerqueirada CNN

    O senador eleito Flávio Dino (PSB) disse nesta sexta-feira (11) em entrevista à CNN que “não há razão para nervosismo” em relação à fala de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Para o senador, não houve “ponderação” por parte do mercado financeiro.

    “Não há razão para esse nervosismo exacerbado, desacertado, e anormal”, colocou. “É injusto, é falta de ponderação por conta de frases pertinentes se impor toda essa turbulência no mercado”, acrescentou.

    Em evento na quinta-feira (10), Lula questionou a concentração do debate econômico em torno de temas como a estabilidade fiscal e afirmou que há gastos do governo que precisam ser observados como investimento.

    Para Dino, o teto de gastos não vem sendo respeitado há três anos e, em sua fala, Lula disse “o óbvio”.

    “O que o presidente Lula disse? O óbvio. O teto de gastos já não vem sendo cumprido há três anos. Esse ano de 2022 foi um ano de desvario fiscal e ninguém ficou nervoso”, destacou. “E agora, em 48 horas, quer se impor que o teto de gastos deve ser cumprido”, completou.

    Dino defendeu que é preciso haver âncora fiscal, mas ela deve ser “séria”.

    “Nós precisamos de âncora fiscal? Sim. Mas coisa séria. E o que nós temos hoje no Brasil é tudo fake, falso, artificial, palavras ocas”.

    Ministério da Justiça e Segurança Pública

    Dino, que é cotado para ser ministro da Justiça no novo governo, comentou a possibilidade do desmembramento em duas pastas do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Ele disse que “decisão será de Lula”, mas é preciso haver “integração”.

    “Tecnicamente, o fundamental é manter o trabalho integrado, uma vez que quem conhece a área sabe que é impossível haver política pública sem a participação conjunta do sistema de justiça e a segurança pública”, colocou.

    “O importante é que haja integração. Se essa integração vai se dar com um ou dois ministérios, é uma decisão do presidente da República, que escolhe a sua equipe”, acrescentou Dino.

     

    *Com colaboração de Danilo Moliterno e Elis Franco

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