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    Pantera Negra: o herói vive e a história continua

    ‘Pantera Negra: Wakanda Forever’ estreia nesta quinta (10) em todos os cinemas do país

    Letícia Vidicada CNN , São Paulo

    A importância de honrar seus ancestrais, enterrar os seus mortos, viver o seu luto, deixar seguir e passar o bastão. Assim, seria possível fazer em um tweet um resumo do filme ‘Pantera Negra: Wakanda Forever’, que estreia nesta quinta (10) em todos os cinemas do país mas que teve noite de pré-estreia para convidados nesta quarta em São Paulo.

    O filme segue fazendo jus ao título de obra afrofuturista, exaltando toda a ancestralidade dos povos africanos, misturando ficção cientifica e trazendo uma bela mensagem para a diáspora africana. Importância essa de termos mais produções com negros no protagonismo da cena mas também nos bastidores. Só assim as histórias nossas começarão a serem contadas realmente por nós e respeitando quem somos.

    Com muita sensibilidade, a obra presta uma bela homenagem ao ator Chadwick Boseman que morreu vítima de um câncer em 2020, e  interpretava o super-herói Pantera Negra. Além de homenagear o ator, dar um novo destino ao personagem central, o diretor aproveitou para inserir a temática do luto na trama.

    Como você enterra os seus mortos? Como você lida com o luto? Para as milhares de pessoas que perderam algum ente querido ou pelo sentimento de luto coletivo pós-pandemia, impossível não se emocionar.

    Além disso, Pantera Negra é carregado de representatividade e simbologias que remetem aos povos africanos – seja no destaque ao respeito aos mais velhos, ao sentimento de pertencimento, aos rituais espirituais, vestimentas e toda a beleza africana exaltada na obra.

    Pantera Negra Olodum na pré-estreia do filme em São Paulo/Foto: Daniel Assis

    Sem muitos spoilers mas um dos pontos altos do filme é o protagonismo feminino negro. Em Wakanda Forever, as mulheres ganham uma nova relevância e tendo sempre respeitada a diversidade de estilos e ideias. Bonito ver uma obra onde uma mulher pode ser várias e não uma única mulher heroína que carrega tudo num único personagem. Ponto alto para a princesa Shuri, as guerreiras de Wakanda, a rainha de T’Challa e Riri Williams, a jovem negra que é um prodígio e quebra todos os estereótipos possível quando o assunto é inteligência e representatividade.

    E, para não deixar de mandar o seu recado, Pantera Negra traz muitas críticas no filme. O poder do colonizador, os povos escravizados e a disputa pelas riquezas dos povos africanos e originários. Wakanda Forever provoca uma grande discussão nesse sentido e traz como lição final que temos que nos aliar e nos unir para nos proteger.

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