PSDB discute adotar posição de independência ou de oposição a Lula
Em conversas informais, maioria dos dirigentes partidários manifestou posição contrária à legenda fazer parte do novo governo petista
O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) discute internamente adotar posição de independência ou de oposição ao novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT).
A expectativa é de que a executiva nacional do partido defina uma posição oficial nos próximos meses. Em conversas informais, a maioria dos dirigentes nacionais da legenda manifestou posição contrária a uma adesão ao governo petista.
“Não há posição firmada ainda para ser confirmada pela executiva nacional da sigla”, reafirmou o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo. O dirigente tucano ressaltou, no entanto, que, caso a sigla opte por uma oposição ao governo petista, ela será “democrática e responsável com o Brasil”.
Ele ressaltou que, até este momento, “nada aponta” para a participação do partido na base de apoio no Congresso Nacional ou na Esplanada dos Ministérios.
A sigla, que ficou neutra no segundo turno da disputa presidencial, discute também a possibilidade de o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, assumir a presidência da executiva nacional do partido.
Segundo relatos feitos à CNN Brasil, o tucano chegou a ser convidado, mas ainda não deu uma resposta oficial.
O partido também avalia a possibilidade de federação partidária com o MDB e com o Podemos, que fizeram parte da coligação de apoio a Simone Tebet na disputa ao Palácio do Planalto.
Apesar da tendência de que o partido adote postura de independência ou de oposição, o governo petista tem discutido a possibilidade de convidar integrantes da legenda para a nova gestão. No PT, é citado, por exemplo, o nome do ex-chanceler Aloysio Nunes Ferreira, que apoiou Lula desde o primeiro turno da campanha presidencial.