PL cobra de Lira apoio no Senado e diz que aguarda relatório das Forças Armadas sobre eleição
Presidente do partido, Valdemar Costa Neto, também afirmou que a sigla fará oposição ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, confirmou, nesta terça-feira (8), que a legenda fará oposição ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e cobrou do PP e do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), o apoio a um candidato do PL à presidência do Senado.
Além disso, o ex-deputado federal disse que o partido aguardará o resultado do relatório das Forças Armadas sobre o processo eleitoral antes de se manifestar sobre a vitória de Lula nas urnas contra Jair Bolsonaro (PL).
“Nós temos uns questionamentos que fizemos para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), estamos aguardando, e vamos aguardar também amanhã, o relatório do Exército para a gente saber o que eles vão trazer. Por enquanto, não temos nada na mão”, declarou.
Costa Neto concedeu uma entrevista coletiva em Brasília ao lado de deputados, senadores e novos eleitos do PL. O presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus filhos, Flávio, Eduardo e Carlos, não estiveram presentes no evento.
Questionado sobre o silêncio de Bolsonaro nos últimos dias, Costa Neto disse ser natural diante da derrota enfrentada nas urnas e do resultado tão próximo registrado na eleição.
Apoio do PP no Senado
Costa Neto cobrou do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o apoio a um nome do PL para a presidência do Senado. Ao ser questionado sobre se o partido poderia apoiar a senadora eleita Tereza Cristina, que foi ministra de Bolsonaro e é filiada ao PP, o presidente do PL disse que só seria possível se ela se filiasse ao seu partido ou se Lira abdicasse da disputa pela presidência da Câmara.
“Vamos apoiar o Arthur Lira, parece que já está definido isso, mas com a garantia que ele nos ajude e trabalhe para eleger o nosso candidato no Senado. Nós queremos ter o nosso candidato no Senado. Nós temos a maior bancada na Câmara e no Senado, não é possível que não tenhamos a presidência de uma das Casas”, destacou.
O PL elegeu as maiores bancadas na Câmara e no Senado. Serão 99 deputados federais a partir do ano que vem e 15 senadores.