Bolsas da Europa fecham em alta, de olho nos EUA e no varejo da zona do euro
Índice pan-europeu Stoxx 600 subia 0,78%, a 421,61 pontos, às 13h55 (de Brasília)
Os mercados acionários da Europa fecharam nesta terça (8) em alta, com as bolsas reagindo às especulações das eleições de meio mandato dos Estados Unidos, que ocorrem hoje, e com dados de varejo da zona do euro e declarações de autoridades do Banco Central Europeu (BCE) no radar.
O índice pan-europeu Stoxx 600 subia 0,78%, a 421,61 pontos, às 13h55 (de Brasília).
Em Londres, o FTSE 100, subiu 0,08%, a 7.306,14 pontos, enquanto o CAC 50, em Paris, avançou 0,39%, a 6.441,50 pontos, e o milanês FTSE MIB ganhou 0,86%, a 23.694,17 pontos.
Em Madri, o índice IBEX 35 subiu 0,46%, a 7.998,90 pontos.
O índice DAX, em Frankfurt, seguiu o movimento e aumentou 1,15%, a 13.688,75 pontos. Por fim, na bolsa de Lisboa, o PSI 20 subiu 0,09%, a 5.770,42 pontos.
Na agenda de hoje, se destacam as eleições de meio mandato dos Estados Unidos, que irão definir qual partido assegurará controle do Senado e da Câmara dos Representantes e irá influenciar os impactos econômicos do país na segunda metade do governo de Joe Biden, atual presidente americano, e colocar o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) sob pressão para afrouxar a política monetária.
Segundo análise da CMC Markets, os mercados seguiram negociando com cautela.
O destaque foi para o DAX, que negociou acima de sua média móvel de 200 dias pela primeira vez desde fevereiro deste ano, com o dólar mais fraco apoiando um sentimento de confiança e aumentado o apetite por risco.
Nesta terça-feira, o instituto oficial de estatísticas da União Europeia, Eurostat, divulgou que as vendas no varejo da zona do euro tiveram alta de 0,4% em setembro, na comparação com agosto.
O resultado não foi uma surpresa para investidores, visto que o número veio de acordo com previsões de analistas consultados pelo Wall Street Journal.
Entretanto, segundo análise do ING, os resultados não devem representar um ponto de virada para o consumo no bloco, uma vez que a alta inflação impacta as compras de forma “muito aparente”.
O vice-presidente do BCE, Luis de Guindos, destacou hoje que a instituição continuará a subir juros “até garantir que a inflação esteja em linha com nossa definição de estabilidade de preços”.
Já o presidente do Bundesbank (banco central alemão) e também membro do BCE, Joachim Nagel, falou que a previsão para a inflação da Alemanha em 2023 é que seja de pelo menos 7%, o que significaria estar à beira da recessão.
“Temos de assegurar que as altas taxas de inflação acabem rapidamente. Não há dúvida de que quanto mais tempo a inflação permanecer alta, maior o risco de que as expectativas de inflação de longo prazo aumentem”.