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    Polícia Civil de MG apresenta relatório sobre o acidente com Marília Mendonça

    Acidente que matou a cantora completa um ano neste sábado (5); autoridades tentam descobrir por que o avião voava em baixa altitude

    Bárbara BrambillaMarcello Sapioda CNN

    A Polícia Civil de Minas Gerais divulgou nesta sexta-feira (4) um relatório sobre o andamento da investigação do acidente aéreo que resultou na morte da cantora Marília Mendonça e de outros quatro ocupantes. A queda do avião completa um ano neste sábado (5).

    As autoridades ainda tentam entender o porquê de o piloto da aeronave voar em baixa altitude, o que provocou a colisão com a rede elétrica nas proximidades do aeródromo.

    “Precisamos entender por que o piloto voava tão baixo naquele local. A Polícia Civil quer apresentar a solução do caso de forma mais célere possível, mas com muita responsabilidade. Por precaução, entendemos que precisamos descartar esse fator máquina, ou seja, fator que por algum motivo apresentou algum problema que fizesse com que o piloto voasse tão baixo, que ele se chocou na linha de transmissão”, afirmou o delegado Ivan Lopes, responsável pelo inquérito.

    O delegado informou que a Polícia Civil também descartou que o piloto tivesse sofrido algum tipo de mal súbito ou estivesse sob efeito de medicamento ou droga. Ele ainda disse que, se descartada falha nos motores, a investigação caminhará para “falha humana”.

    “O controle de tráfego pelo piloto [para pouso] foi feito de forma que não é o padrão em Caratinga, ou seja, ele saiu da zona de proteção do aeródromo. Agora, aguardamos os laudos do Cenipa. Se descartarmos falhas nos motores, conseguimos caminhar para a conclusão de uma falha humana”, disse.

    Segundo Lopes, o aeródromo funciona apenas com voos visuais -ou seja, sem instrumentos e nem torre de controle. As investigações indicam que, no dia do acidente, as condições visuais eram boas.

    Sobre a rede elétrica no local, o delegado diz que não havia uma obrigatoriedade específica de sinalização, já que as torres estão fora da zona de proteção do aeródromo.

    “Nessa zona de proteção há um documento emitido pelo Decea [Departamento de Controle do Espaço Aéreo], chamado Notam, no qual consta qualquer tipo de obstáculo dentro da zona de proteção do aeródromo, dentro daquela circunferência de 3 quilômetros. As torres estão a 4,6 mil metros da cabeceira da pista. Esse é mais um fator meio que descartamos, de obrigatoriedade da sinalização”, explicou o delegado.

    O acidente aconteceu no dia 5 de novembro de 2021, em Piedade de Caratinga, no interior de Minas, quando o avião chocou na rede de transmissão da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), momentos antes do pouso que ocorreria no aeródromo local.

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