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    GPA traça plano para melhora gradual de margens

    Presidente da companhia fala em otimizações logísticas, de estoques e administrativas, bem como mudanças nas lojas

    Por Andre Romani, da Reuters

    O GPA , dono da rede de supermercados Pão de Açúcar, espera melhorar suas margens de lucro nos próximos anos, com otimizações logísticas, de estoques e administrativas, bem como mudanças nas lojas, disse o presidente da companhia nesta sexta-feira (4).

    O grupo divulgou na véspera um prejuízo líquido de 288 milhões de reais no terceiro trimestre, mais que três vezes maior em comparação a igual período do ano anterior, impactado por resultado financeiro negativo e à medida que executa um plano de restruturação após deixar o segmento de hipermercados.

    Por volta de 12h54, as ações do GPA caíam 5,5%, enquanto o Ibovespa avançava 2%.

    As margens de lucro, seja Ebitda ou bruta, foram o grande assunto da conferência de resultados da varejista na manhã desta sexta-feira (4), uma vez que analistas buscaram mais detalhes junto à alta administração da companhia sobre como o GPA pretende aumentar a rentabilidade.

    “As margens que estamos vendo agora certamente não são as margens que temos potencial de entregar no futuro”, disse Marcelo Pimentel, anunciado presidente do GPA em março.

    O grupo fechou o período de julho a setembro com margem bruta de 24,8%, ante 25,1% um ano antes, e a margem Ebitda ajustada recuou de 7,1% para 6,3%.

    Pimentel afirmou que parte do impacto nas margens deve-se à dificuldade de repassar à inflação ao consumidor, especialmente em pontos da bandeira Mercado Extra localizados em zonas mais periféricas de São Paulo e Rio de Janeiro em meio à concorrência acirrada.

    Além do Pão de Açúcar e Mercado Extra, o GPA opera redes como Compre Bem e a colombiana Éxito, a qual está em processo de segregação.

    Pimentel também observou que os pontos da bandeira Pão de Açúcar, onde a experiência do cliente, na visão dele, conta mais do que os preços, já que é um público de maior renda, ainda estão sendo convertidos para um novo modelo de loja chamado “G7”, que vem apresentando melhores resultados.

    “Acreditamos que a margem Ebitda do Pão de Açúcar deve melhorar cada vez mais para um ‘high single’, tocando em duplo dígito, só que acreditamos que isso será feito de forma gradual para que seja sustentável… vemos 2024-2025 quando chegaremos em patamares ideais (de margem) para o negócio”, disse.

    Três pontos, porém, segundo Pimentel, estão sendo focados mais rapidamente pelo GPA e que devem ajudar as margens do grupo: demissões na parte administrativa; otimização de custos logísticos após a saída do segmento de hipermercados; e melhora na gestão de estoques.

    Além disso, há um foco na experiência de loja. O GPA disse que realizou recentemente uma revisão do sortimento ideal de produtos, e renovou o foco em alimentos perecíveis, especialmente no Pão de Açúcar.

    A empresa ainda executa a expansão de “autocaixas” pelas suas lojas, em que os próprios clientes registram os produtos em um leitor eletrônico para pagarem pelas compras, e todos os funcionários estão sendo treinados para operar caixas registradoras, o que deve ajudar em otimização de pessoal, segundo o executivo.

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