Indústria brasileira desacelera em setembro enquanto rendimento avança, diz CNI
Levantamento "Indicadores Industriais", da Confederação Nacional da Indústria, trouxe ainda uma forte redução nas horas trabalhadas
O setor industrial brasileiro desacelerou no último mês de setembro em comparação a agosto, segundo apontou a pesquisa Indicadores Industriais da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgada nesta sexta-feira (4).
No mesmo período, porém, o rendimento médio real apresentou alta de 0,7% pelo quarto mês consecutivo, e, na comparação anual, avançou 3,3%. O indicador de massa salarial também segue essa sequência de ganhos, avançando 0,3% ante agosto e 6,4% anualmente.
Já a geração de empregos caiu 0,4% em relação a agosto, marcando o segundo mês consecutivo de queda. Na comparação anual, porém, apresenta alta de 0,6%.
Tratando-se do faturamento real da indústria, o mês de setembro foi marcado por uma queda de 0,2% ante o anterior, embora, em relação ao mesmo período de 2021, registre alta de 7,9%.
“Apesar da desaceleração registrada nesse mês, existem elementos que podem afetar positivamente a indústria de transformação, entre eles a recomposição contínua da renda da população, que permite a sustentação do consumo dos bens industriais, e a reorganização da cadeia de suprimentos, que alivia a pressão sobre os custos de produção”, analisa a economista da CNI, Larissa Nocko, em nota enviada à imprensa.
Ao mesmo tempo, a quantidade de horas trabalhadas recuou 1,1% em relação a agosto e avançou 3,3% na comparação anual. A Utilização da Capacidade Instalada recuou 0,1 ponto percentual mensalmente, a 80,2%, patamar superior ao nível pré-pandemia.