Envio de drones e mísseis do Irã para Rússia é inaceitável, diz chefe da Otan
O último carregamento de armas do Irã para a Rússia incluiu cerca de 450 drones
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, condenou nesta quinta-feira (3) qualquer coordenação iraniana com a Rússia sobre armas para a Guerra na Ucrânia.
“Também vemos o Irã oferecendo drones e considerando entregas de mísseis balísticos para a Rússia”, disse o secretário-geral em entrevista coletiva.
“Isso é inaceitável. Nenhum país deve dar apoio a Moscou nesta guerra ilegal”, disse ele. O Irã está se preparando para enviar aproximadamente 1.000 armas adicionais, incluindo mísseis balísticos de curto alcance superfície-superfície e mais drones de ataque, para a Rússia, disseram autoridades de um país ocidental que monitora de perto o programa de armas do Irã à CNN na terça-feira.
A remessa está sendo monitorada de perto porque seria a primeira instância do Irã enviando mísseis guiados de precisão avançados para a Rússia, o que poderia dar ao Kremlin um impulso substancial no campo de batalha.
O último carregamento de armas do Irã para a Rússia incluiu cerca de 450 drones, disseram autoridades, que os russos já usaram com efeito mortal na Ucrânia. Autoridades ucranianas disseram na semana passada que derrubaram mais de 300 drones iranianos.
O que Teerã diz
O governo do Irã negou repetidamente o envio de armas para a Rússia.
No mês passado, o governo iraniano citou o ministro das Relações Exteriores, Hossein Amir-Abdollahian, dizendo que Teerã “não tem e não fornecerá” nenhuma arma para ser usada na guerra da Ucrânia.
Mais contexto
Os drones têm desempenhado um papel significativo no conflito desde que a Rússia lançou sua invasão em larga escala da Ucrânia no final de fevereiro.
Seu uso aumentou desde o verão, quando os EUA e Kyiv dizem que Moscou adquiriu pela primeira vez drones do Irã. Nas últimas semanas, esses drones iranianos foram usados para atingir infraestruturas críticas de energia na Ucrânia.
