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    Ao menos 9 governadores criticam bloqueios nas rodovias; 13 autorizam atuação da PM

    Para governadores, resultado das urnas precisa ser respeitado, assim como o direito de ir e vir da população

    Carolina Cerqueirada CNN

    Ao menos nove governadores comentaram sobre as manifestações que bloqueiam rodovias de 20 estados, se posicionando contra os atos liderados por bolsonaristas que protestam contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    Pelo menos 13 estados já autorizaram a ação da Polícia Militar nas operações para o desbloqueio, seguindo uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

    São eles: Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia, Bahia, Alagoas, Santa Catarina, Tocantins, Maranhão e Goiás.

    O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), conversou com a imprensa na manhã desta terça-feira (1º) e disse que o resultado das urnas precisa ser respeitado.

    “As eleições acabaram, nós vivemos em um país democrático, São Paulo respeita o resultado das urnas e nenhuma manifestação vai fazer com que a democracia do Brasil retroceda”, disse.

    “Não vai ser manifestação ou baderna que vai fazer com que a sociedade não reconheça o resultado das urnas. Aos vencedores, o mandato; aos perdedores, o reconhecimento da derrota”, completou.

    Ele confirmou que a fase de negociações foi encerrada e, seguindo a decisão de Moraes, a polícia de São Paulo atuará nas operações de desbloqueio. O protocolo é aplicar multa de R$ 100 mil por hora e, caso necessário, conduzir à delegacia e utilizar o uso da força.

    O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse que é preciso garantir o deslocamento e a alimentação das população.

    “Solicitei às nossas Forças de Segurança para desobstruir qualquer via ou estrada interditada por manifestações. A eleição já acabou, temos que assegurar o direito de todos de ir e vir,e também que mercadorias cheguem onde precisam pra não haver desabastecimento.Vamos cumprir a lei”, declarou em uma publicação nas redes sociais.

    O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), disse que o direito de ir e vir “não pode ser usurpado” e a população não deve ser prejudicada.

    Em nota, o governador afirmou ainda que a PM do Rio está atuando em 33 pontos de bloqueio. O Batalhão de Choque da PM foi ordenado a liberar estradas que estiverem com tráfego interrompido, dando prioridade ao diálogo.

    O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), disse à CNN Rádio que o episódio “talvez seja a maior ameaça que nossa democracia está vivendo pós-regime militar.”

    “A gente precisa ser duro e as pessoas precisam compreender que agora têm de exercer papel de oposição, não de obstrução de vias, interrompendo o ir e vir das pessoas”, completou.

    O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), afirmou que usará todos os recursos ao seu alcance para a garantia do cumprimento da lei e da ordem.

    O governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), disse que o momento é de pacificar o Brasil e que o resultado das urnas é soberano.

    “O direito de livre circulação no território nacional é uma garantia do povo brasileiro. É momento de pacificar o Brasil. As eleições de 2022 ocorreram de maneira democrática e a decisão soberana das urnas precisa ser respeitada”, diz a nota.

    O governador de Santa Catarina, Carlos Moisés (União Brasil), disse através das redes sociais que “todos os meios legais e necessários serão empregados para garantir a segurança das pessoas e o livre trânsito de pessoas e veículos”.

    O governador do Rio Grande do Sul, Ranolfo Vieira Júnior (PSDB), publicou que a democracia precisa ser respeitada e, para isso, ordenou às forças de segurança estaduais que ajam de forma imediata.

    O governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), classificou as manifestações como “antidemocráticas” e disse que não será permitido desrepeito com o resultado das urnas.

    *Com colaboração de Carolina Figueiredo e Giulia Alecrim

    FOTOS — Veja fotos das manifestações que bloqueiam rodovias pelo país

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