À CNN, governadores eleitos falam sobre desafios do mandato e relação com Lula
Eduardo Leite, Renato Casagrande, Eduardo Riedel, Fábio Mitidieri, Raquel Lyra, João Azevêdo e Wilson Lima concederam entrevistas à CNN
Os governadores eleitos em segundo turno Eduardo Leite (PSDB-RS), Renato Casagrande (PSB-ES), Eduardo Riedel (PSDB-MS), Fábio Mitidieri (PSD-SE), Raquel Lyra (PSDB-PE), João Azevêdo (PSB-PA) e Wilson Lima (União Brasil-AM) concederam entrevista à CNN nesta segunda-feira (31). Eles comentaram expectativas para seus mandatos.
12 estados brasileiros elegeram seus governadores estaduais no segundo turno das eleições, disputado no domingo (30): Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Bahia, Sergipe, Alagoas, Paraíba, Pernambuco, Amazonas e Rondônia.
Eduardo Leite, eleito para o Rio Grande do Sul, pregou a estabilidade na relação entre o governo estadual e o federal, mas reforçou que se posiciona em oposição ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“O país precisa de estabilidade. Estando na oposição, a Federação PSDB e Cidadania não entende que seja nem de perto algo para inviabilizar o governo, mas, sim, para exercer o papel de oposição, fiscalização, acompanhamento e até o suporte em medidas que sejam necessárias para o país” explicou.
O governador reeleito do Espírito Santo, Renato Casagrande, afirmou que acredita em uma boa relação entre sua gestão e o presidente eleito.
“Tenho plena convicção, até pelas alianças que a gente tem, que teremos boa capacidade de relacionamento com o presidente Lula e com o vice-presidente Geraldo Alckmin, essa é a nossa expectativa por que esse debate de presidente da República com governadores e prefeitos é um debate que precisa retornar”, afirmou.
Eduardo Riedel, eleito para o Mato Grosso do Sul, destacou que “irá buscar estreitar as relações entre o estado e o governo federal”.
“Quem se propõe a assumir a liderança de um estado tem que ter a capacidade de discutir os assuntos de interesse desse estado com a União, independente de questão partidária. Nós temos um plano de governo muito bem definido, e ele vai ser levado adiante. Essa ponte com o governo federal vai ser estabelecida entre o governador do estado e o presidente da República de maneira muito tranquila”, disse.
Fábio Mitidieri, governador eleito de Sergipe, afirmou que pretende buscar recursos e investimentos para o estado junto ao governo federal, que será comandado por Lula no ano que vem.
“Eu preciso bater na porta do presidente que o povo escolheu; o povo escolheu Lula e eu vou bater na porta dele para buscar recursos e investimentos para o estado. Sergipe é um estado pequeno, não é um estado rico, ele é bem administrado, o que é diferente”, afirmou.
Raquel Lyra, de Pernambuco disse que a “união de Pernambuco e a construção de pontes com o governo federal” serão os principais desafios de sua gestão.
“A região Nordeste precisa ser enxergada como instrumento estruturador do Estado brasileiro para que ele possa voltar a crescer A partir do primeiro dia de 2023 o que precisamos é combater a desigualdade e superar a pobreza”, destacou.
O governador reeleito da Paraíba, João Azevêdo, falou sobre a necessidade de a gestão estadual trabalhar junto à federal a fim de “reunificar” setores colocados em oposição pela polarização.
“A eleição acabou. Agora nós vamos ter que cuidar, no nosso caso da Paraíba, e o presidente [eleito] Lula, cuidar do Brasil para reunificar esse país que está muito dividido, extremamente dividido, e que gera consequências muito danosas para o nosso processo democrático”, afirmou Azevêdo.
Já o governador reeleito do Amazonas, Wilson Lima, que é aliado de Jair Bolsonaro (PL), disse que não terá dificuldade para dialogar com o presidente eleito Lula. Ele afirmou que manterá seus posicionamentos políticos, mas que “se rende” ao resultado das urnas.
“Como todo mundo sabe, eu sou alinhado com o presidente Jair Bolsonaro e assim continuo com meus posicionamentos políticos, mas eu me rendo ao resultado das urnas”, disse.