Importante é respeitar a liberdade e direito do eleitor, diz ex-ministro do TSE
À CNN, Henrique Neves explica sobre o que é permitido ou não no dia da votação, de acordo com a legislação
Em entrevista à CNN, neste sábado (29), o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Henrique Neves destacou a importância em manter o respeito à escolha do eleitor durante a votação neste domingo (30).
Os eleitores irão comparecer às urnas entre 08h e 17h, pelo horário de Brasília, para a definição de Presidente da República e de governadores em 12 estados que terão segundo turno.
“O mais importante é a gente respeitar a liberdade, o direito do eleitor dele escolher quem ele quer. Temos uma divergência, é obvio, todas as pessoas não pensam exatamente da mesma forma, por isso temos eleições, para que cada um possa expressar sua vontade”, afirmou Neves.
“Temos que ter muita paz, muita calma, e respeitar o direito do eleitor, não é dia de fazer propaganda. Agora o momento é de paz, vamos respeitar o eleitor e o resultado que for também deve ser respeitado”, acrescentou o ex-ministro.
Sobre crimes eleitorais, o ex-ministro do TSE destacou algumas situações que podem ser configuradas como tal. Ele esclarece que “boca de urna” muitas vezes é confundida com compra de votos, mas explica a diferença.
“Boca de urna muita gente confunde que é compra de votos, não é isso, a boca de urna é a realização de qualquer tipo de propaganda no local de votação, na fila, perto, para tentar interferir na vontade do eleitor que está indo votar, tentar obter no último instante o voto dele”, disse.
Ele reitera que a Justiça Eleitoral está atenta ao derramamento de santinhos no chão, por exemplo, que é proibido no dia da votação, mas que alguns candidatos fazem durante a madrugada anterior ao pleito.
“Aquele derramamento de santinho que os candidatos fazem, a Justiça Eleitoral tem ficado atenta a essas ações, para verificar. Dificilmente a essa altura alguém não tem a certeza de quem irá votar, então que se respeite a vontade de cada um”, afirma o ex-ministro.
Henrique Neves também comentou sobre a manifestação silenciosa no dia da votação.
“A legislação e a jusrisprudência do TSE permitem a livre manifestação silenciosa. Se quiser ir na seção com camiseta ou broche do candidato, isso é valido. Mas, se tenta influenciar outros eleitores, aí se configura boca de urna”, explica.