A 3 dias da eleição, Lula lança carta com propostas
Documento, intitulado "Carta para o Brasil do amanhã", traz promessas para uma "política fiscal responsável"
A três dias da eleição, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à Presidência da República, lançou uma carta com propostas para o seu eventual governo.
O documento, intitulado “Carta para o Brasil do amanhã”, é uma versão da Carta ao Povo Brasileiro, lançada em 2002 — quando o petista disputava a eleição que levaria ao seu primeiro mandato à frente do Executivo federal.
As propostas são apresentadas a partir de 13 itens fundamentais:
- Desenvolvimento econômico com investimentos;
- Desenvolvimento social com trabalho e renda;
- Desenvolvimento sustentável e transição ecológica;
- Educação;
- Saúde;
- Habitação e infraestrutura;
- Segurança;
- Cultura e esportes;
- Direitos humanos e cidadania;
- Reindustrialização do Brasil;
- Agricultura sustentável;
- Política externa e
- Democracia e liberdade.
A carta estabelece uma relação de oposição entre o projeto de governo do petista e de seu adversário, Jair Bolsonaro (PL).
De acordo com o documento, do outro lado da disputa estaria um “país do ódio, da mentira, da intolerância, do desemprego, dos salários baixos, da fome, das armas e das mortes, da insensibilidade, do machismo, do racismo, da homofobia, da destruição da Amazônia e do meio ambiente, do isolamento internacional, da estagnação econômica, do apreço à ditadura e aos torturadores”.
Do ponto de vista político, a carta também assume compromissos discutidos com autoridades que apoiaram Lula no segundo turno, como Simone Tebet (MDB) e Marina Silva (Rede-SP).
Em relação às propostas sugeridas por Tebet, o documento faz menção à poupança para estudantes do Ensino Médio e ao apoio às prefeituras para zerar o déficit de creches no país.
No que se relaciona às demandas da deputada federal eleita Marina Silva, há um foco importante nas questões ambientais.
“Nosso compromisso estratégico é buscar o desmatamento zero na Amazônia e emissão zero de gases do efeito estufa na matriz elétrica. Vamos apoiar a grande agricultura de baixo carbono e a agricultura familiar com crédito, garantias e assistência”, diz trecho da carta.
*Publicado por Renata Souza, da CNN