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    Seleção australiana critica histórico de direitos humanos do Catar

    Primeiro país do Oriente Médio a sediar a Copa do Mundo está sob intensa pressão internacional pelo tratamento dado a trabalhadores estrangeiros e leis sociais restritivas

    Lewis Jacksonda Reuters

    A seleção australiana de futebol se manifestou contra o histórico do Catar, anfitrião da Copa do Mundo, em direitos humanos e relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo em um vídeo divulgado nesta quarta-feira (26), aumentando as críticas ao país nas semanas que antecedem o torneio.

    O Catar, o primeiro país do Oriente Médio a sediar a Copa do Mundo, está sob intensa pressão internacional pelo tratamento dado a trabalhadores estrangeiros e leis sociais restritivas.

    O vídeo, com vários jogadores entregando uma mensagem linha por linha, citou os danos aos mais de 1,6 milhão de trabalhadores migrantes do Catar e o status das relações entre pessoas do mesmo sexo, que são ilegais no estado conservador do Golfo.

    “Aprendemos que a decisão de sediar a Copa do Mundo no Catar resultou no sofrimento e no prejuízo de inúmeros de nossos colegas de trabalho”, disse o meio-campista Jackson Irvine.

    “Como jogadores, apoiamos totalmente os direitos das pessoas LGBTI+, mas no Catar as pessoas não são livres para amar a pessoa que escolherem”, disse o também meio-campista Denis Genreau.

    O governante do Catar, Emir Sheikh Tamim bin Hamad al-Thani, disse na terça-feira que algumas críticas são construtivas, mas também incluem falsificações e padrões duplos.

    Os jogadores australianos reconheceram as reformas até o momento, mas pediram mais, incluindo um centro de recursos para migrantes, remédio para aqueles que têm direitos negados e descriminalização de todos os relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo.

    Uma declaração separada da Football Australia, o órgão máximo do futebol no país, na quarta-feira reconheceu as reformas, mas disse que os jogos foram associados “ao sofrimento de alguns trabalhadores migrantes e suas famílias”.

    A inquietação com o histórico de direitos humanos do país levou a pedidos de equipes e autoridades para boicotar os jogos. O governo holandês confirmou na semana passada que enviaria uma delegação apesar de uma votação parlamentar pedindo que não o fizesse.

    Os jogadores expressaram apoio ao FIFPRO, um sindicato de jogadores profissionais de futebol, bem como aos grupos de trabalhadores da Building and Woodworkers International e da International Trade Union Confederation.

    A Austrália jogará contra a França, Dinamarca e Tunísia após a Copa do Mundo começar em 20 de novembro.

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